Paulo Mourão: “Tocantins precisa de desenvolvimento baseado na educação”
Pré-candidato do PT ao governo de Tocantins, o ex-prefeito de Porto Nacional denuncia que o governo Bolsonaro interrompeu os projetos de inclusão social e aumentou a pobreza no estado
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Tocantins sofre hoje com os efeitos nefastos do governo de Jair Bolsonaro, que, a exemplo do que fez em todo o país, paralisou no estado praticamente todas as iniciativas de desenvolvimento e de combate à desigualdade colocados em prática nos governos Lula e Dilma.
Por isso, o pré-candidato do PT ao governo de Tocantins, Paulo Mourão, defendeu, nesta segunda-feira (23), em entrevista ao Jornal PT Brasil, que a recuperação do estado se dará por meio da derrota de Bolsonaro pelo movimento Vamos Juntos pelo Brasil, liderado por Lula, e pela retomada de um projeto de desenvolvimento baseado na educação.
LEGADO: Veja as realizações dos governos Lula e Dilma em Tocantins
“Lugar nenhum do mundo se estruturou sem um processo estribado na educação, e agora nós temos que dar uma nova ordem no processo da formação educacional, com formações de competências, e temos que inserir nesse processo o mundo digital, da tecnologia, da inovação”, defendeu (assista à entrevista no vídeo abaixo).
Mourão, eleito quatro vezes deputado federal e ex-prefeito de Porto Nacional, citou estudo recente do Instituto de Pesquisa e Ensino (Insper) segundo o qual, a cada um ponto que o país cresce no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), a empregabilidade de jovens de 22 a 23 anos cresce 200%, além de haver redução nos índices de violência.
“Ora, não é difícil compreender que, aqui no Tocantins, precisamos fazer um novo projeto de desenvolvimento projetado na educação”, disse.
Efeitos de Bolsonaro para o Tocantins
O pré-candidato apresentou diversos dados que comprovam como o governo Bolsonaro tem sido prejudicial ao estado. “O governo do Presidente Lula e o governo da presidenta Dilma promoveram um processo de desenvolvimento estruturado e sustentável no qual as riquezas também foram distribuídas. O que ocorreu com a mudança de governo, com o golpe? A renda voltou se concentrar e houve uma interrupção na distribuição de renda, e se alastraram de novo a fome, a pobreza e a desigualdade”, analisou.
O resultado, para Tocantins, se revela em números alarmantes. Com cerca de 1,6 milhão de habitantes, o estado tem 93 mil pessoas vivendo em extrema pobreza, com até R$ 250 por mês, e 485 mil, na pobreza, com menos de R$ 458 mensais.
“Aqui em Tocantins, nos governos Lula e Dilma, tivemos obras estruturantes na área de pavimentação, de rodovias federais, de pontes, de ferrovia, construções de hidrelétricas… E tivemos algo sensacional que foi a instrumentalização do desenvolvimento sustentável através da educação. Conseguimos criar aqui 11 institutos tecnológicos federais e ampliar o sistema universitário, inclusive criando a Universidade Federal do Norte do Tocantins”, lembrou.
“Veja que são ações que se coordenam e que se apoiam entre si num processo estruturado de desenvolvimento com inclusão social”, salientou Mourão. “Quanto ao governo de Bolsonaro, eles dizem que tem obras, que o Brasil está acontecendo, que há desenvolvimento, só que ninguém vê, ninguém assiste, ninguém comprova”, denunciou.
Da Redação