Petista vai ao CNJ contra Gilmar Mendes

Magistrado impede há quase um ano julgamento de ADIN que trata de financiamento empresarial de campanhas

Deputado Jorge Solla vai ao CNJ contra Gilmar Mendes por ação que trata do financiamento empresarial a candidatos nas eleições

Deputado Jorge Solla quer que Gilmar Mendes devolva ação que trata do financiamento empresarial

O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) vai representar contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, nesta quarta-feira (18), no Conselho Nacional de Justiça .

O magistrado segura, desde abril do ano passado, o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) apresentada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que trata do financiamento empresarial a candidatos nas eleições.

Na véspera, Mendes insinuou que não devolverá a ação porque o tema deve ser, antes, tratado pelo Congresso.

“Isso é matéria do Congresso por excelência. Alguém já imaginou o Supremo definindo qual vai ser o sistema eleitoral: se vai ser um sistema misto, se vai ser um sistema majoritário? A partir daí é que se define como é que vai ser financiamento”, afirmou à imprensa.

O julgamento começou em dezembro de 2013 e já conta com seis votos favoráveis à ação movida pela OAB. Em  2 de abril do ano passado, Mendes interrompeu o julgamento ao pedir vistas ao processo.

O deputado petista cobra sanções a Mendes previstas no Regimento Interno da Corte e na Constituição Federal de 1988.

“Apesar de ter demonstrado, àquela época, solidariedade ao acusado de corrupção – chamando a operação da PF de ‘absurdo’ e ‘loucura’ –, quero acreditar que o ministro não está agindo para manter os mesmos níveis de relação que vemos hoje entre as empresas doadoras de campanha e o poder público”, disse Solla

O Líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (PT-AC), apoia a iniciativa de Solla.

“Ele (Mendes) pediu vistas ad infinitum, para não dar o seu parecer?, questionou Sibá.

“A sociedade está cobrando algumas posições daqui do Congresso Nacional”, observou o líder. Para o PT, o fim do financiamento empresarial de campanhas é um dos eixos centrais de uma ampla e profunda reforma política.

O protocolo da representação será no Anexo 1 do Supremo Tribunal Federal (STF), às 14h30.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do PT na Câmara

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