População de Maricá (RJ) se mobiliza para garantir ônibus gratuitos

Por iniciativa do prefeito Washington Quaquá (PT), desde dezembro de 2014 circulam pela cidade 13 ônibus públicos que transitam 24 horas gratuitamente

Na noite da última terça-feira (4), diversas pessoas foram ao Terminal Rodoviário do Povo de Maricá (RJ) para defender os ônibus gratuitos que rodam pela cidade e protestar contra a decisão da Justiça de tirá-los de circulação.

Desde dezembro de 2014, circulam em Maricá os “vermelhinhos”, 13 ônibus públicos que transitam 24 horas gratuitamente. A iniciativa foi do prefeito Washington Quaquá (PT), que criou a Empresa Pública de Transportes (EPT).

Porém, na última semana, o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Setrerj) entrou com uma ação na Justiça para que a Prefeitura seja proibida de circular com os vermelhinhos.

A alegação é que os ônibus promoveriam concorrência desleal, implicando em desequilíbrio econômico-financeiro das empresas prestadoras do serviço.

A decisão de proibir a circulação dos ônibus foi tomada pelo desembargador Pedro Raguenet, da 21ª Vara Cível do Rio de Janeiro.

Mesmo com a pressão da Justiça e das empresas particulares de transporte coletivo, a Prefeitura não parou de circular com os ônibus, que beneficiam os mais de 100 mil habitantes locais.

Um novo protesto está marcado para às 18h da próxima terça-feira (11).

Para o jovem Renan Mendonça, 22, estudante de Direito, os “Vermelhinhos” ajudam os estudantes a economizarem dinheiro para investirem em outras coisas.

“Hoje a juventude tem facilidade de ter acesso à educação, à cultura, ao lazer e entretenimento. Os jovens que moram distantes podem economizar. Foi um passo muito revolucionário fruto da nossa conquista”, disse.

Renan acrescentou que os moradores estão mobilizados contra a retirada dos ônibus gratuitos. “Vamos nos unir e defender nossos vermelhinhos. É importante não só para os maricaenses, mas para todo o Brasil”, finalizou Renan.

Como os ônibus continuaram circulando, a juíza Luciana Estiges Toledo, da 1ª Vara Cível de Maricá, estipulou multa diária de R$ 10 mil para a Prefeitura e R$ 10 mil para a EPT.

Da Redação da Agência PT, com informações da Secretaria Nacional de Juventude e do Maricá Info

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