Por alta de combustíveis, motoristas de aplicativos devolvem carros locados

Política de privatização da Petrobras pesa no bolso dos motoristas de aplicativos, que não conseguem manter o custo do combustível e do veículo para trabalhar. Neste ano, já foram devolvidos 50 mil carros

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Preço de combustíveis faz motoristas de aplicativos devolverem 50 mil carros

O resultado da política de privatização da Petrobras no governo de Jair Bolsonaro é crítico para os motoristas de aplicativos do país. Desde o início do ano, pelo menos 50 mil carros alugados foram devolvidos.

O motivo, segundo levantamento da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), é o aumento no preço dos combustíveis.

Vale lembrar que no governo do Partido dos Trabalhadores (PT), a Petrobras se tornou a maior produtora de petróleo da América Latina, superando a Venezuela e o México.

Hoje, o desmonte do patrimônio do povo brasileiro por Bolsonaro traz consequências severas para os trabalhadores e trabalhadoras que lutam pela sobrevivência e precisam de combustível para garantir o pão de cada dia. A inflação nas alturas destrói o mercado de trabalho e exclui profissionais, aumentando o número de brasileiros desempregados que passa de 15 milhões.

Conforme a Abla, o número de carros alugados pelos motoristas de aplicativos caiu de 220 mil para 170 mil, desde o início do ano. Desde de junho, a queda foi de 30 mil carros por causa do aumento no valor da gasolina, do álcool e do diesel.

Crise econômica derruba a demanda

Para o presidente do Conselho Nacional da Abla, Paulo Miguel Junior, a devolução de 20% dos veículos é preocupante. Ele afirma que é a primeira vez que a demanda no aluguel cai diante da crise econômica.

Ainda segundo Miguel Junior, o setor tem potencial de alugar até 250 mil carros para motoristas. Porém, depende diretamente do preço da gasolina e de cortes nas tarifas cobradas pelos aplicativos.

“Estamos trabalhando com a possibilidade de recuo do preço do litro em 2022, voltando à média entre R$ 4 e R$ 5”, afirma Miguel Junior, em nota divulgada.

De acordo com a associação, as empresas de aluguel de carros teriam potencial para comprar 800 mil automóveis e comerciais leves em 2021, porém deixarão de comprar entre 420 mil a 450 mil, em função das dificuldades das montadoras com falta de insumos para produzir esses carros.

Greve

Em fevereiro deste ano, os motoristas de aplicativos de transporte (Uber, 99, Cabify e Indriver) paralisaram suas atividades em várias cidades do Rio Grande do Sul.

Os trabalhadores reivindicaram melhores condições de trabalho, como o reajuste do valor do quilômetro rodado, que está defasado.

O problema foi agravado ainda mais pelos sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis nos últimos meses, devido à dolarização das tarifas adotada pela diretoria da Petrobras desde o golpe de 2016, que beneficia os investidores e prejudica o povo brasileiro.

Da Redação, com informações da Isto É

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