PT apoia mobilização de servidores públicos por reajuste
Bancada no Senado diz que reivindicação de funcionalismo é justa, porque Bolsonaro tem promovido desmonte do serviço público federal. O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), e a deputada federal Erika Kokay (DF) participam do ato
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Mais de 40 categorias do serviço público federal aderem nesta terça-feira (18) à paralisação convocada por entidades sindicais representantes do funcionalismo. O protesto ocorre às vésperas de expirar o prazo de sanção do Orçamento de 2022. A bancada do PT apoia o movimento, que busca reajuste salarial de 27,2% junto ao Palácio do Planalto.
“O governo vem promovendo um desmanche da administração e é mais do que justo que trabalhadores do serviço público reivindiquem aumentos quando o governo sinaliza que só atenderá as polícias federal e rodoviária”, diz o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA).
Em Brasília, os protestos ocorrem em frente à sede Banco Central e em frente ao Ministério da Economia. “Paulo Guedes precisa entender que o sucateamento da administração pública é um atraso para o país”, advertiu Rocha. “O governo parece que aposta no caos, justamente quando enfrentamos um novo pico da pandemia da Covid”.
O líder da Bancada do PT, @ReginaldoLopes e a Deputada @erikakokay estiveram no ato dos servidores públicos, agora à tarde, em Brasília, em apoio ao movimento de mais de 40 categorias que visa garantir reajuste salarial de 27,2% junto ao governo Bolsonaro. @cutbrasil@ptbrasil pic.twitter.com/V2pNbqc69M
— PT na Câmara (@PTnaCamara) January 18, 2022
Segundo sindicatos dos servidores, a ideia é promover uma paralisação parcial, garantindo adesão restrita para não travar totalmente o governo e resguardar o movimento. Nesta terça-feira ocorreu o primeiro dia de protesto. Espera-se ainda a realização de mais atos em janeiro, nos dias 25 e 26. O funcionalismo propõe greve para fevereiro, caso não haja acordo com o governo.
Entre os servidores que anunciaram adesão à greve estão auditores da Receita Federal, servidores do Banco Central, servidores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), auditores e técnicos da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tesouro Nacional, servidores da Superintendência de Seguros Privados (Susep), auditores do trabalho, oficiais de inteligência e servidores das agências de regulação.
Funcionários do Banco Central cobram reajustes salariais. Já os auditores da Receita Federal cobram a regulamentação de um bônus de produtividade e eficiência. A greve na Receita Federal poderá trazer reveses ao país, com impacto direto na arrecadação. Um dos efeitos da paralisação já é sentido pelo governo com a suspensão de julgamentos pelo Conselho Administrativo de Recursos Federais (Carf).
Há filas de caminhões nas fronteiras esperando inspeção. Servidores da Receita entregaram mais de 1,2 mil cargos comissionados. A paralisação dos auditores fiscais reúne 1.288 pedidos de entrega de cargos de chefia. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional), as primeiras exonerações começaram a ser publicadas no Diário Oficial da União.
Do PT no Senado, com PT na Câmara