PT debate reforma política em São Paulo

Plebiscito popular por uma Constituinte exclusiva e soberana do sistema político foi o tema central da discussão

O Diretório Municipal do PT de São Paulo realizou, nesta quarta-feira (2),  plenária sobre o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. O objetivo foi discutir os principais pontos da reforma política proposta pelo partido e envolver a militância e a população neste processo, que garantirá voz ao povo e irá destravar as aspirações de justiça social e soberania a todos brasileiros.

O evento abordou sobre os quatro pontos previstos na proposta do PT: assembleia constituinte exclusiva, financiamento público de campanha, voto em lista pré-ordenada e maior participação feminina na política.

Segundo Vívian Farias, secretária nacional de Coordenações Regionais da legenda, um dos pontos mais abordados foi sobre o plebiscito que será realizado na Semana da Pátria, de 1º a 7 de setembro, e vai perguntar se a sociedade é a favor que seja convocada uma constituinte livre e soberana sobre o sistema político.

“É importante que as pessoas acessem o site do PT e assinem para conseguirmos as 1,5 milhões de assinaturas, para termos o nosso projeto de representação popular. É preciso que o povo vista essa camisa”, salientou.

O diretor executivo da CUT, Júlio Turra, afirmou que o plebiscito não tem valor de lei, por expressar opinião popular, porém é uma forma de pressionar a política para que seja convocada uma assembleia que represente o povo.

“O povo brasileiro não se sente representado pelo sistema político. Sem uma reforma política as demais reformas para uma transformação do país não vão sair”, ressaltou Turra.

O encontro reuniu mais de 600 pessoas, dentre  representantes do diretório municipal do partido de São Paulo e de quase todos os diretórios regionais.

Além do presidente do Diretório Municipal do PT, o vereador Paulo Fiorilo, compuseram a mesa membros da executiva municipal, João Bravin, Débora Pereira, Heluíza Soares e Vera Machado; Vivian Farias,  secretária nacional de coordenações regionais do PT; Misa Boito da Operativa Nacional da campanha pelo plebiscito; Sônia Coelho, da Marcha Mundial das Mulheres; Benedito Barbosa da Central de Movimentos Populares; Júlio Turra da CUT Nacional e a Bárbara Corales e Maria Rocha membras do Diretório Municipal do PT.

Plebiscito – No próximo dia 7 de julho, vários grupos que participam da campanha pelo plebiscito pretendem fazer pinturas em murais alusivas ao tema da Constituinte nas várias capitais brasileiras. Segundo Turra, urnas para a coleta de assinaturas estarão disponíveis nos quatro cantos do país. O PT também vai as ruas para divulgar a campanha e promover esse debate político. Para o da 12 de agosto, a CUT programa um dia nacional de lutas.

O Comitê Plebiscito Constituinte pela reforma política conta com 600 escritórios espalhados pelos estados brasileiros. Foi criado em setembro de 2013 por partidos políticos e movimentos sociais como resposta às manifestações de junho. A organização agrega 257 entidades, entre movimentos sociais, sindicatos, partidos políticos e coletivos.

Debates – A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também promoveu uma palestra para tratar da reforma política. O encontro foi realizado na sede do órgão, em Piracicaba (SP).

Daniel Monteiro de Lima, um dos coordenadores nacionais da Plataforma dos Movimentos Sociais para Reforma do Sistema Político Brasileiro ministrou a palestra. O evento teve a participação do representante da OAB, Fernando Colonese, do advogado Enéas Xavier, do ex-vereador e integrante do movimento Reaja Piracicaba, Juan Sebastianes; do integrante do Observatório Cidadão, Renato Morgado; e de Eliane Macedo, do Levante Popular da Juventude que fizeram parte de uma mesa redonda e explanaram sobre o atual sistema político brasileiro e as principais mudanças com a reforma política.

 

Por Lillian Couto, da Agência PT de Notícias

 

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