PT está forte e unido na defesa de Lula, avaliam petistas

Integrantes do PT analisam as resoluções aprovadas na reunião do Diretório Nacional, que traçou diretrizes políticas e eleitorais para 2018

Sérgio Silva/FPA/ENFPT

Dilma participa de reunião no Diretório Nacional

O Partido dos Trabalhadores  termina o anto de 2017 ainda mais forte, unido e determinado a dialogar com a população e a somar à resistência popular contra os retrocessos golpistas e contra a perda de direitos.

Especialmente após a reunião do Diretório Nacional do PT, realizada nos dias 15 e 16 em São Paulo, a motivação se soma à determinação da defesa incansável da democracia e da justiça, assim como do direito do ex-presidente Lula ser candidato.

“O partido sai da reunião unificado, animado pela ampla participação popular nos atos da Caravana de Lula pelo Brasil e com uma orientação explicita: mobilizar a militância para enfrentar a agenda regressiva, entreguista e criminosa de Temer”, sintetiza o líder do PT no Senado Lindbergh Farias (PT-RJ).

“E, principalmente, denunciar a farsa montada pelos golpistas para, de forma ilegal, tentar impedir a candidatura de Lula. Nosso compromisso é com a democracia e o povo brasileiro”, completa.

“O Diretório Nacional tem uma posição muito clara na defesa do direito de Lula ser candidato: de que iremos até o fim nesta candidatura e que estaremos com o presidente Lula a partir de agora até o dia 1º de janeiro de 2019, quando ele estiver subindo a rampa para voltar a governar o brasil em nome do povo brasileiro”, afirma o ex-ministro da Saúde e vice-presidente do Partido, Alexandre Padilha.

Segundo ele, “o Diretório Nacional tirou uma resolução de estratégia eleitoral unificada, que aponta claramente a importância de o PT dialogar com a frente Brasil Popular, com a frente Povo Sem Medo, com lideranças e partidos que têm definido a soberania nacional do País, com todos aqueles que queiram se juntar ao PT na defesa da retomada dos instrumentos de estado brasileiro, da retomada do pré-sal para o povo brasileiro, do congelamento dos recursos da saúde e educação e da retomada dos direitos dos trabalhadores”.

De acordo com Padilha, não há saída para a crise econômica, institucional e política sem reforçar a luta pela democracia, do estado, dos direitos civis e da soberania nacional.

“As resoluções deixam claro que não existe projeto de crescimento econômico no País, de inclusão social da nossa população, de retirada de novo do Brasil do mapa da fome, e de redução das desigualdades regionais sem uma forte defesa da soberania nacional”, diz.

Na visão da Secretária Nacional de Relações Internacionais do PT, Mônica Valente, o Partido está “trabalhando muito, no Brasil inteiro, para fazer a mobilização em defesa do presidente Lula”.

“O PT está forte e unido. O partido definiu uma resolução frente a conjuntura de tentativa de inabilitar o presidente Lula e está organizando no Brasil inteiro a defesa ao ex-presidente”, declara.

“As pesquisas indicam que a maioria reconhece no presidente Lula uma liderança popular inigualável, uma pessoa inocente e um homem que lidera o partido que só fez o Brasil crescer, acabar com a pobreza, criar empregos e reduzir as desigualdades”, diz.

“As pesquisas mostram que essa parcela é a maioria. Mostramos que nós vamos lutar e vamos fazer do Lula o novo presidente da República”, afirma. “O segundo recado é aos golpistas, que querem tirar lula no tapetão: se eles tentarem fazer isso, ‘o pau vai cantar’, não vamos admitir.”

“E em terceiro, é dizer à sociedade brasileira da necessidade de defesa da democracia no País, que foi conquistada com muita luta. Muita gente morreu na época da ditadura, e a democracia agora se encontra ameaçada”, afirma Valente.

Na avaliação de Valter Pomar, ex-dirigente nacional do PT e secretário-executivo do Foro de São Paulo entre 2005 e 2013, “o Partido está unido em torno da compreensão do que está em jogo e em torno da necessidade de reagir à altura”.

“Querem destruir Lula e o PT, para poderem continuar o golpe contra os direitos sociais, as liberdades democráticas e a soberania nacional. Qual deve ser nossa reação: a mais dura e forte que conseguirmos. O desafio das próximas semanas é dar conta disto”, afirma.

“A candidatura Lula é um instrumento para derrotar o golpe e os golpistas. Mas querem impedir que Lula seja candidato. Por isto é fundamental fazer uma ampla mobilização popular. Da parte do PT, vamos até o fim. Não há plano B: Lula será nosso candidato, mesmo que o judiciário cometa mais uma injustiça”, prossegue.

Segundo Pomar, a democracia popular é o caminho para “derrotar o golpismo” e “impedir que ele volte”. “O voto para eleger Lula, um plebiscito e uma Constituinte para revogar as medidas golpistas e para começar as mudanças estruturais. Entre elas, a democratização da comunicação, a luta de massas, democrática, popular, é o nosso caminho.”

Para isso, prossegue, o PT precisa de “muita organização em luta” e “estar presente nos movimentos sociais, populares, sindicais, de juventude, negros e mulheres. É preciso buscar o povo onde ele está, conversar com as pessoas, mostrar o que os golpistas estão fazendo e deixar claro o que faremos se a maioria do povo votar em nós.”

“Finalmente, é preciso deixar uma mensagem clara: o PT vai combater o golpismo até conseguir derrotar os golpistas e revogar suas medidas. Não há e não haverá conciliação”, acrescenta.

A secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, por sua vez, destacou que a luta pela defesa de Lula significa também a luta de seu legado e dos governos petistas.

“O Diretório sai dessa reunião com muita certeza de que a defesa do presidente Lula não é só a defesa da pessoa de Lula, como também a defesa do legado do presidente Lula”, afirma. “Pelo que ele representa na militância histórica de nosso país, pelo que ele e Dilma fizeram para o Brasil, na questão do crescimento do País, geração de emprego e renda, direitos para a classe trabalhadora”.

Da Redação a Agência PT de Notícias

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