PT quer sustar “vingança” de Weintraub contra as cotas

Senadores do PT apresentam proposta para garantir aplicação das cotas em cursos de pós-graduação revogadas pro Abraham Weintraub. “O fascismo de Abraham Weintraub não vai prejudicar a educação no Brasil”, disse o senador Rogério Carvalho

Alessandro Dantas

Senador Rogério Carvalho (SE), líder da bancada do PT no Senado Federal.

A bancada do PT no Senado apresentou Projeto de Decreto Legislativo para  sustar portaria editada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, nesta quinta-feira (18), revogando a política de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação.

Na avaliação do senador Rogério Carvalho (PT-SE), líder da bancada, a decisão do ministro da Educação, desgastado após uma gestão desastrosa e enfraquecido no cargo com a divulgação da reunião ministerial do último dia 22 de abril, “parece vingança” contra a população negra.

“O fascismo de Abraham Weintraub não vai prejudicar a educação no Brasil”, destacou o líder do PT no Senado. Weintraub foi afastado do cargo nesta quinta-feira, 18, após chamar de “vagabundos” e pedir a prisão dos ministros do STF. Ele também responde por crime de racismo contra o povo chinês.

“O fascismo de Abraham Weintraub não vai prejudicar a educação no Brasil”, destacou o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho. Ilustração: Site do PT

Além de defender que seja sustada a medida do ministro da Educação de Bolsonaro, a bancada defende a aprovação de uma legislação capaz de ampliar a participação de negros, indígenas e pessoas com deficiência nos cursos de mestrado e doutorado, em sintonia com as lutas sociais que tornaram possível a aprovação da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012).

A portaria revogada por Weintraub estabelece, entre outras coisas, que as Instituições Federais de Ensino Superior devem constituir comissões com a finalidade de discutir e aperfeiçoar as ações afirmativas. De acordo com a medida, a CAPES deve coordenar a elaboração periódica do censo discente da pós-graduação brasileira.

Além disso, prevê que o MEC deve instituir Grupo de Trabalho para acompanhar e monitorar as ações afirmativas implementadas no âmbito das Instituições Federais de Ensino Superior.

Redação com PT no Senado.

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