PT Solidário: arrecadação de alimentos segue nos diretórios e comitês

Militantes e dirigentes de todo o país estão convidados a participar, transformando as sedes do Partido dos Trabalhadores e os Comitês Lula Livre em postos de arrecadação

Site do PT

Entrega de alimentos a entidades ocorrerá em 17 de abril

Diante da insensibilidade do governo Bolsonaro, que nega um auxílio emergencial de R$ 600 à população mais pobre, a sociedade se mobiliza para amenizar a fome, que atinge mais de 19 milhões de pessoas e já ameaça mais da metade das famílias brasileiras, segundo estudo da Rede Penssan, divulgado nesta segunda-feira (5). Uma dessas iniciativas é o PT Solidário, campanha de arrecadação de alimentos que mobiliza a militância do Partido dos Trabalhadores.

Lançada em 31 de março, a campanha pretende arrecadar alimentos e outros gêneros de necessidade para entregá-los a entidades solidárias no próximo dia 17, um sábado. Ficará a cargo dessas entidades fazer a entrega às famílias necessitadas.

Em vídeo, a presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), conclamou militantes e dirigentes do partido em todas as cidades para fortalecer a campanha. “Eu conclamo todos os dirigentes partidários e militantes para se organizar. Fazer das nossas sedes do partido, dos Comitês Lula Livre, pontos de arrecadação”, disse. “Vamos mobilizar esse grande partido, lutador e generoso, a favor do povo brasileiro”, completou.

Golpe trouxe de volta a fome

A fome foi superada em 2013 pelo Brasil, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) retirou o país do Mapa da Fome, graças à política nacional de segurança alimentar implementada em 2003 pelo presidente Lula. Porém, após o golpe que tirou a presidenta Dilma Rousseff do poder, a falta de comida voltou a assolar a população. Apenas entre 2018 e 2020, a fome aumentou 27,6% no Brasil, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan).

Com a incompetência e insensibilidade de Jair Bolsonaro, que se recusa a colocar o Estado a serviço da população e negou a continuidade do auxílio emergencial de R$ 600, o problema se agravou. Em dezembro de 2020, quando três meses depois de o governo ter cortado pela metade o auxílio, a fome atingia 19 milhões de brasileiros, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, apresentado nesta segunda-feira (5) pela Penssan.

Situações como a que assola os brasileiros levou o papa Francisco a fazer um apelo no domingo de Páscoa. “O crucificado ressuscitado é conforto para aqueles que perderam trabalho ou atravessam graves dificuldades econômicas e carecem de adequada proteção social. Que o Senhor inspire a associação das autoridades públicas para que, a todos, especialmente as famílias mais necessitadas sejam oferecidas as ajudas necessárias para um condigno sustento”, desejou Francisco.

Da Redação

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