Reimont: “É nosso dever combater as injustiças”
Deputado federal (RJ) é o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara
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A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara (CDHMIR) passa a ser presidida, a partir desta quarta-feira (19/3), por um parlamentar petista. Com o voto unânime de todos os votantes do colegiado, o deputado federal Reimont (PT-RJ) foi eleito o novo presidente da Comissão que encampa lutas históricas do partido e da esquerda brasileira. Após assumir a cadeira da antiga titular da comissão, deputada Daiana Santos (PCdoB-RS), Reimont ressaltou que é uma honra poder presidir o colegiado, principalmente em um momento de fortalecimento da democracia no país, mas também de desafios para a garantia dos direitos humanos de todos os brasileiros e brasileiras.
“Vivemos tempos muito desafiadores, nos quais as desigualdades sociais, a discriminação, a intolerância, qualquer que seja ela, ainda persiste em nossa sociedade, e ganham ainda mais força na internet, nas redes sociais, com a propagação de fake news e discursos de ódio. É nosso dever, é nossa obrigação, que ocupamos uma cadeira no Parlamento brasileiro, combatermos essas injustiças, promovendo a igualdade de direitos para todos e todas, independente da raça, do gênero, da orientação sexual, da religião, da condição social ou da identidade de gênero”, destacou o petista.
Ao agradecer o trabalho desenvolvido pela deputada Daiana Santos, pela sua assessoria e os servidores da CDHMIR, Reimont ressaltou que já entrou em contato com a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, colocando a comissão como parceira da agenda de promoção dessa agenda no país. Ele ressaltou ainda que sob sua direção o colegiado também vai ouvir todas as reivindicações de movimentos de direitos humanos, movimentos sociais e de entidades da sociedade civil.
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Advertência
O novo presidente disse que irá conduzir a CDHMIR segundo o regimento interno, respeitando opiniões ideológicas divergentes da agenda natural dos direitos humanos, mas que não vai tolerar falta de civilidade nas reuniões do colegiado. “Nós não podemos fazer dessa comissão um espaço de lacrações, de desrespeito e agressões”, adiantou.
Como exemplo desse tipo de comportamento, Reimont lembrou o fato ocorrido no ano passado, quando a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) passou mal após ser insultada na CDHMIR. Na ocasião, as agressões verbais ocorreram após a parlamentar ter lido o relatório de um projeto na comissão que propunha a responsabilidade do Estado em identificar publicamente lugares que serviram para repressão política durante a ditadura militar (PL 1156/2021).
Biografia
Professor, administrador, teólogo e filósofo, Reimont Luiz Otoni Santa Barbara nasceu no município de Conceição do Mato Dentro (MG), em 2 de setembro de 1961. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1989 para estudar teologia e depois atuou como pároco da Igreja dos Capuchinhos, na Tijuca.
Ele participou do movimento estudantil e atuou no Sindicato dos Bancários. Em 2002, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores.
Reimont foi eleito quatro vezes como vereador da capital fluminense (em 2008, 2012, 2016 e 2020). Em 2022, concorreu ao cargo de deputado federal, quando obteve 39.325 votos. Entre suas principais bandeiras de lutas estão a educação, a cultura e a valorização do comércio.
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