Silva, Farina, Cezar e Rodrigues: As reformas dos golpistas e o desmonte da Seguridade Social

A inserção sistemática de uma agenda antipopular é exemplo de que o governo usurpador não quer a democracia, mas o fim dos direitos para aumentar lucros e ganhos especulativos

Paulo Pinto/Agência PT

Brasileiros pedem a saída do usurpador Michel Temer

O tamanho da mentira contada pós-golpe a cada dia mostra-se maior. O parlamento mais conservador desde 1964 com um golpista usurpador à frente do Poder Executivo que dialoga com o PIG, a FIESP e os lobos rentistas mostra o quanto o país aprofunda a crise e o retrocesso. A inserção sistemática de uma agenda antipopular e contra trabalhador é um exemplo claro de que este governo usurpador não quer a democracia, mas, a qualquer custo, deseja o fim dos direitos para aumentar lucros e ganhos especulativos.

É o preço do golpe!

E o fim do Estado de Bem-Estar Social segue o seu curso!

Um símbolo das diversas arbitrariedades e barbárie, resumida com uma frase autoritária: “Cala a boca e trabalha!”, dita pelo golpista e por um séquito sedicioso e antidemocrático.

É o fascismo em curso!

Ser brasileiro(a) é sim ser trabalhador(a), mas o discurso fascista é contra quem trabalha, cria a fantasia do antitrabalho, por mais que você trabalhe sempre é pouco, ou nada! Há uma grande conveniência no discurso, ajuda no marketing da exploração!

Dizer que brasileiro é preguiçoso foi a desculpa histórica da elite brasileira, porque mudariam agora que tomaram de assalto o poder?

Pergunta que não cala: seguiremos com o vira-latismo, ainda que custe os nossos direitos, as nossas vitórias em batalhas com o patronato?

O rancor do golpe é profundo, quer mudar as estruturas, aprofundar a miséria e afastar, num fosso de desigualdade e violência a todos(as) que não compartilham de seu mais profundo rancor de ser brasileiro(a), rancor contra quem batalha por uma vida melhor, ódio a quem luta diariamente e quer uma vida melhor. Iludir-se ao acreditar que a saída está no sistema financeiro e nas “cenouras” que o sistema financeiro oferece.

Ingênua ilusão. Eles trocam nossos direitos por mais lucro!

A misoginia e o ódio presentes em cada ação da direita para reforçar seu papel opressor. O dedo em riste e a incapacidade do diálogo é incrível. Herança do fascismo pela televisão! O golpe quer mídia e divulgação do arbítrio como única forma de “arrumar” as coisas.

Que coisas? E para quem? De que jeito?

Esconder debaixo do tapete os séculos de assalto à república!

E segue a impunidade dos amigos do rentismo e da Imprensa Golpista!

Democracia para quê e para quem? Segue o desmonte do Estado e sua proteção à cidadania e aos direitos!

O que no discurso é visível hoje, na prática o amanhã está ainda pior! Um exemplo claro deste esforço de aniquilação do Estado para a sociedade é o desmonte da seguridade social.

A intenção começou na campanha eleitoral antipetista, por exemplo contra o Bolsa Família, que vai muito além do tal assistencialismo, propagandeado erroneamente pelos rancorosos. O que eles se negam a entender é que se trata de uma política de desenvolvimento econômico e social.

O fim do Bolsa Família está na ponta da língua de quem não quer ser do povo! De quem se considera mais que trabalhador, ainda que seja e será sempre apenas trabalhador!

Quem tem ódio do vermelho e das lutas e nem sabe o porquê. Por quê?

Certamente reflexo das limitações do projeto democrático e popular em conjunto com a capacidade de formar opinião distorcida do PIG.

Por sua vez, quem está na luta e acredita que precisamos sim de direitos e cidadania? Os mesmos 54 milhões que elegeram Dilma e foram covardemente golpeados num espetáculo de horrores!

O projeto do PT incomoda e gera uma incansável vontade de dar golpes contra o Estado e a cidadania. O projeto do PT defende a cidadania e a democracia, coisa que eles veem como mercadoria. É a ignorância da direita fascista em seu lado mais estupido!

Sem o menor pudor o golpe é contra o trabalhador! É contra a trabalhadora!

É contra a juventude, pois, retira direitos de quem nem começou a trabalhar e terá que se sujeitar a um modelo de relações trabalhistas ainda mais precárias e sem perspectiva de proteção social!

Acabar com direitos como a saúde, com a propaganda sistemática contra o SUS e a história de “dinamitar” o programa mais médicos por causa do ódio a Cuba, é de uma imensa hipocrisia xenofóbica e racista.

Por outro lado, o esforço golpista em premiar o rentismo está latente e a reforma da Previdência é mais um exemplo do escárnio com que a população e a cidadania brasileira vêm sendo tratadas.

Tornar a Previdência Social num sonho impossível de se realizar, com a justificativa de que trabalhar é honroso e aposentar-se é vergonhoso (sic), como a direita golpista brasileira vende, é no mínimo reduzir o debate fundamental que está por trás da criação do sistema previdenciário e seu papel de proteção social e garantia de direitos hoje e amanhã!

A Previdência Social, assim com a Saúde e a Assistência, estão dentro do que chamamos de Seguridade Social, que nada mais é do que um conjunto de garantias para a cidadania com desenvolvimento econômico e social do país. Trata-se da proteção e da segurança com o apoio necessário para os problemas durante a vida que o pacto que efetivou a criação da Constituição Federal de 1988 reconheceu como legítimo, justo e necessário para o crescimento do país.

É a catástrofe se anunciando para fortalecer os patrocinadores do golpe.

O povo pagando o pato!

A miséria em curso, em ritmo alucinado!

É a violação da cidadania com o objetivo de elitizar a cidadania e os direitos, restringindo-os a seus cabos eleitorais golpistas!

É o fim da dignidade do jovem trabalhador e o desespero de quem está prestes a se aposentador. A reforma da Previdência certamente aumentará os números de problemas com saúde ocupacional, acidentes no trabalho, dentre outras consequências de quem está sofrendo com o aumento insano do tempo de serviço ocasionados pelo aumento no tempo de contribuição!

Neste trágico cenário, contribuir para quê? Para quem?

Mas, será que em algum lugar do planeta esse projeto rancoroso de reformas, que reduzem direitos e inviabilizam o acesso a políticas públicas, deu certo?

Não neste século!
Por mais Seguridade Social!
Por mais greves gerais!
Por esperança e cidadania!
Fora Temer!
Diretas Já!
Nenhum direito a menos!

 

Por Indalécio Wanderley Silva, secretário Sindical nacional, João Paulo Farina, secretário nacional de Juventude, Sandro Alex Cezar, presidente da CNTSS/CUT e Edjane Rodrigues, secretária nacional de Juventude da CUT.

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