Datafolha: 71% dos brasileiros rejeitam reforma da Previdência

Pesquisa reafirma que a população rejeita o ataque aos direitos promovido pelo governo; E mais: para 60%, as novas leis trabalhistas de Temer beneficiam os patrões

Lula Marques/Agência PT

Manifestantes em ato da Greve Geral em 28 de abril

As reformas da Previdência e trabalhista, propostas pelo golpista Michel Temer são cada vez mais rejeitadas pelas trabalhadoras e trabalhadores. Segundo pesquisa divulgada pelo Datafolha, sete em cada dez brasileiros são contrários à reforma da Previdência.

O mesmo estudo que apontou a disparada do ex-presidente Lula para 2018, também destacou que, para 60% dos brasileiros, as novas leis trabalhistas beneficiam apenas os patrões.

Segundo o instituto, 64% dos entrevistados acham que a reforma trabalhista e a terceirização privilegiam mais os empresários do que os trabalhadores.

Além disso, 66% também acreditam que os preços de mercadorias e serviços devem aumentar com a ampliação da terceirização.

De acordo com o Datafolha, 71% dos brasileiros também são contrários ao desmonte da Previdência e a rejeição chega a 83% entre os funcionários públicos, que representam 6% da amostra e estão entre os grupos mais ameaçados pelas mudanças nas regras para aposentadorias e pensões.

Todos os grupos entrevistados se posicionaram como antirreforma e a taxa cresce entre mulheres (73%), brasileiros que ganham entre 2 e 5 salários mínimos (74%), jovens de 25 a 34 anos (76%) e os com ensino superior (76%).

Já em relação aos trabalhadores rurais, 52% dos brasileiros querem que eles continuem se aposentando mais cedo.

Os três pontos mais criticados da reforma da Previdência, segundo a pesquisa, são: idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens, de 62 para mulheres, e a nova fórmula para cálculo de benefício, que exige 40 anos de contribuição para receber o benefício máximo.

Em relação aos três pontos citados, 87% declararam oposição às mudanças e, deles, 83% são contra o tempo necessário para benefício pleno.

O levantamento, portanto, reflete a conjuntura do golpe de 2016: o Brasil tem hoje um governo ilegítimo que faz o oposto do que deseja a população.

O Datafolha fez 2.781 entrevistas em 172 municípios na quarta (26) e na quinta (27), antes das manifestações ocorridas na última sexta-feira (28). A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Reforma trabalhista

A Câmara dos Deputados aprovou na noite da quarta-feira (26) a reforma trabalhista proposta pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB).

O projeto altera mais de 100 pontos da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Entre as alterações, a medida estabelece que nas negociações trabalhistas poderá prevalecer o acordado sobre o legislado e o sindicato não mais precisará auxiliar o trabalhador na rescisão trabalhista.

Desmonte da Previdência

A proposta de desmonte da Previdência é um dos projetos prioritários do golpe. As mudanças, previstas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 e encaminhadas pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB) ao Congresso Nacional, vão alterar garantias constitucionais e acabam com a seguridade social no Brasil.

Além de estabelecer idade mínima de 65 anos para aposentadoria, Temer quer acabar com os direitos especiais das mulheres, dos trabalhadores e trabalhadoras rurais e dos professores e professores.

O PT preparou um folheto explicando quais serão os principais ataques aos trabalhadores. Além disso, o partido apresenta sugestões (veja aqui), e ao contrário da proposta do  governo golpista, as propostas do PT passam por aumentar o direito dos trabalhadores, e não retirá-los, como Michel Temer deseja fazer.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Brasil 247.

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