Tema da redação do Enem é relevante para o País, afirma Mercadante

O ministro da Educação destacou, em coletiva à imprensa após o encerramento do segundo dia de exames, que a violência contra a mulher é ainda uma realidade em todo o Brasil e o tema da redação ajuda na reflexão sobre o assunto

Brasília – Entrevista coletiva do Ministro da Educação, Aloiso Mercadante e o secretário Executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, que falam sobre o Enem (Antônio Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano foi uma “reflexão interessante e estimulante para o Brasil, para a cultura e também para as escolas brasileiras”.

O assunto que deveria ser abordado pelos estudantes na redação foi “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”.

Em coletiva à imprensa neste domingo (25), após o encerramento do segundo dia de exames, o ministro afirmou que a violência contra a mulher é ainda uma realidade em todo o País.

“Somos uma sociedade que ainda tem violência contra a mulher, apesar dos avanços das políticas públicas e de legislações, como a Lei Maria da Penha e do Feminicídio”, destacou.

 Para ele, o tema foi uma “excelente escolha”, pois ajuda na reflexão sobre o tema. Ele também ressaltou que a abordagem poderia, “quem sabe”, “diminuir a violência”.

 “Seria um grande avanço para a cidadania e para as mulheres no Brasil”, acrescentou.

Durante a coletiva, Mercadante rebateu os ataques dos deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Marcos Feliciano (PSC-SP). Os parlamentares criticaram, pelas redes sociais, o tema da redação do ENEM  e uma questão da prova que utilizava a frase “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, da escritora e filósofa francesa Simone de Beauvoir.

O ministro defendeu a “grande contribuição” de Simone em relação à condição da mulher na sociedade.

“Esse é o contexto do debate. Pessoas podem divergir. Mas na educação, você tem que estar aberto a conhecer, discutir, refletir e respeitar”, acrescentou.

Mercadante fez questão de ressaltar que o ministro da Educação não tem acesso às questões do Enem antes do exame, por conta do sigilo importo. “Não opino, não tem acesso e nem quero ter”, afirmou.

Abstenções – O ministro da Educação também ressaltou a queda no número de abstenções no Enem deste ano. Desde 2009, quando o exame passou a ser válido como processo de seleção para acesso ao ensino superior, a abstenção caiu 12%.

“Quando olhamos o histórico, tivemos esse ano a menor abstenção na história do Enem, desde 2009”, apontou. Em 2015, foram 25,5% de abstenções.

Ao todo, cerca de sete milhões de pessoas fizeram as provas do Enem neste final de semana.

“Nova avaliação foi o mais completo êxito. Fizemos todas as premissas que asseguram que os candidatos possam fazer sua prova em condições adequadas. Assim, é o desempenho de cada um deles que vai estabelecer o acesso a todas as politicas públicas relacionadas à nota no Enem”, afirmou Mercadante.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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