Temer troca combate à violência contra mulher por publicidade

Como se não bastasse o congelamento de gastos nas áreas de saúde e educação durante os próximos 20 anos e a postura entreguista que pode resultar na venda de empresas públicas como a Eletrobras, o governo golpista de Michel Temer agora resolveu “realocar” a verba de programas essenciais à população para gastar com propaganda oficial.

A denúncia, feita pelo Psol nesta quarta-feira (18), aponta desvio de finalidade do dinheiro público por meio da portaria divulgada no último dia 10 de abril no Diário Oficial da União em que ao menos R$ 30 milhões do SUS e outros R$ 25 milhões das políticas de combate à violência contra as mulheres serão usados para tentar melhorar a péssima imagem do governo perante a opinião pública.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) recebeu com espanto a notícia deste novo ataque do governo ilegítimo a programas e recursos tão caros à população. Mas disse não ter se surpreendido. “É preciso esperar qualquer coisa de um governo que congela os gastos com saúde e educação por 20 anos e não surpreende que o governo tenha cometido mais este crime que tem a finalidade de tentar salvar a sua péssima popularidade”, lamentou.

Também serão retiradas verbas das áreas de transporte e de programas de incentivo à reforma agrária, num total de R$ 209 milhões destinados para a Secretaria de Comunicação da Presidência.

Mais um crime

Para a Kokay, as políticas públicas de Temer têm apenas uma função: o rentismo, que por definição é é a tentativa de determinado grupo de persuadir o governo a atribuir-lhes monopólios ou privilégios legais. “Metafórica ou literalmente Temer tem feito o país voltar aos tempos da Casa Grande e da Senzala”

Erika Kokay disse que irá analisar junto à bancada do PT na Câmara quais as medidas necessárias para barrar esta realocação indevida de recursos. “O governo não consegue mais nada em nossa casa. Nem mesmo os deputados que apoiam o governo têm aceitado favorecer os desmontes promovidos por Temer. Com este caso não será diferente”.

Da Redação da Agência PT de Notícias