Usar a crise para chegar ao poder é ‘versão moderna de golpe’, declara Dilma
Em entrevista à uma emissora de rádio, presidenta disse que todos os países passaram por dificuldades, mas que não houve nenhuma proposta de ruptura democrática para sair da crise
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A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta quarta-feira (16), durante entrevista à rádio de Presidente Prudente (SP), que utilizar a crise para tentar chegar ao poder é uma forma de golpe.
Dilma lembrou que “todos os países passaram por dificuldades” e que não se viu propostas de ruptura democrática para superar a crise. “Esse método, que é querer utilizar a crise como um mecanismo para você chegar ao poder, é uma versão moderna de golpe”, criticou.
“Eu acredito que tenham ainda no Brasil, infelizmente, pessoas que não se conformam que nós sejamos uma democracia sólida, cujo fundamento maior é a legitimidade dada pelo voto popular”, disse.
De acordo com a presidenta, essas pessoas geralmente torcem para o quanto pior, melhor. “E aí é em todas as áreas. Quanto pior, melhor na economia. Quanto pior, melhor na área da política. Todas elas esperando uma oportunidade para pescar em águas turvas”, analisou.
Sobre o rebaixamento do grau de investimento do Brasil pela Standard & Poor’s, Dilma recordou que os Estados Unidos foram rebaixados em 2011, a França, a Itália e a Espanha em 2012.
“Todos os países foram muito maiores que suas notas. E o Brasil é muito maior que sua nota. Todos voltaram a crescer e vai ser assim com o Brasil”, defendeu.
A presidenta declarou que o Brasil está adotando medidas importantes para superar a crise. “Estamos trabalhando imensamente para que nossa economia se torne cada vez mais sólida para aumentar a confiança dos agentes econômicas em relação aos investimentos”, disse.
Dilma acrescentou que o País não enfrenta problemas de crédito internacional e que o governo está agindo para controlar a inflação, atingir o equilíbrio do orçamento e garantir o crescimento.
“Nós somos a sétima economia do mundo e por isso vamos atravessar esse período de crise que muitos países passaram, que nós procuramos de todos os meios evitar, não foi possível. E vamos fazer todas essas medidas, tanto as de reequilíbrio ou ajuste fiscal e as de estímulo ao investimento, à agricultura para voltar a crescer e gerar emprego”, detalhou.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias