José Ricardo disputa eleição suplementar para Estado do Amazonas

Atualmente cumprindo mandato de deputado estadual, candidato pelo PT quer promover uma gestão mais democrática no Estado

Secom/ALEAM

José Ricardo Wendling defende transparência e participação popular para o Amazonas

Com foco em promover a transparência, a prestação de contas, o controle e a participação da sociedade nas políticas públicas do estado do Amazonas, o candidato do PT, José Ricardo Wendling, disputa as novas eleições com Sinésio Campos como vice. O pleito ocorrerá no dia 6 de agosto.

O Estado do Amazonas passa por eleições suplementares para escolher os substitutos de José Melo, do PROS, e de Henrique Oliveira, do Solidariedade, que tiveram os mandatos de governador e vice cassados no início de maio. Eles são acusados de compra de votos nas eleições de 2014.

Cumprindo mandato de deputado estadual no estado, Wendling nasceu no Rio Grande do Sul, mas mora em Manaus desde os 7 anos de idade. Ele já coordenou o Comitê de Ação da Cidadania Contra a Fome, foi fundador do Fórum do Orçamento Público e atuou no Fórum pela Ética na Política.

Além da transparência, outro foco do candidato petista é enfrentar os problemas no sistema de saúde do Amazonas, que sofreu com desvios de mais de R$100 milhões nas últimas gestões. “Não tem dinheiro para investir na saúde porque falta seriedade, transparência, gestão e combate à corrupção dessa turma que administra este Estado há mais de 35 anos”, diz ele. “No nosso governo a sociedade terá voz e vez, como se estivesse governando junto com a gente”.

“O quadro no Amazonas é de desastre público, uma situação de calamidade, tanto na segurança como na saúde, e de modo geral o vazio econômico no interior do estado. É o maior estado do brasil, mas as atividades são muito concentradas na capital. O interior não tem grandes perspectivas e a migração alta”.

Ele conta que nos governos de Lula e Dilma, o governo Federal contribuiu com a região, apoiando projetos de saneamento, moradia, eletricidade e infraestrutura urbana, mas os governos locais nunca possuem projeto.

“O que defendemos é que precisamos de um projeto de desenvolvimento sustentável, a exemplo do Acre, onde o PT administra, e tem resultados sociais e econômicos muito superiores, com crescimento de IDH, PIB, geração de empregos”.

“Discutimos um projeto que traga um novo momento, pensar num futuro, nessa linha de ter um desenvolvimento sustentável, porque nossa realidade amazônica exige projetos que não devastem a natureza. Não queremos o modelo que devasta, com indústria da madeira, mineração, que são áreas complicadas. Até porque temos áreas indígenas e um projeto nosso é transformar a cultura e conhecimento indígena em renda para essas comunidades”.

Wendling afirma que também está atento a questão da violência, que tem aumentado no estado, especialmente contra mulheres. Além disso, ele quer gerar mais empregos em áreas produtivas nas quais o estado não é autossuficiente, como a produção de pescados, farinha e até frutas. “Alimentos como banana e farinha vem de outros estados, até pescado vem em boa parte de Rondônia e Roraima. Então, vamos gerar empregos e ter uma política de segurança alimentar”.

O candidato ao governo do Amazonas é filiado ao PT desde 1995 e colabora com o partido desde a sua fundação, em 1980. Foi membro do Diretório Estadual e membro do Diretório Municipal em Manaus e, em três gestões, foi secretário de Finanças, coordenando a aquisição da sede própria do PT no Estado.

De todos os nomes da disputa, ele é o único que não apoiou o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.

Da redação da Agência PT de notícias

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