1º de Maio: Centrais fazem ato unificado pela volta do desenvolvimento

Data terá como tema “defesa do emprego, direitos, democracia e pela vida”, e Sérgio Nobre, presidente da CUT, reforça o Fora Bolsonaro como prioridade até outubro

Arte: Nalu Vaccarini - Migiora

Para celebrar o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, no próximo primeiro de maio, as centrais sindicais CUT, Força Sindical, CTB, UGT, NCST, Intersindical e Pública se uniram em torno de uma proposta de reflexão, luta e reivindicação por emprego decente e desenvolvimento sustentável com justiça social, entre outras pautas que as entidades sindicais consideram como fundamentais para o Brasil retornar ao rumo do crescimento.

Mas, de acordo com o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Sérgio Nobre, nada disso será possível com a permanência de Jair Bolsonaro na presidência da República. “Com ele, a classe trabalhadora não tem futuro”, diz Nobre, e acrescenta: “Derrotar Bolsonaro e tudo o que ele representa é nossa grande tarefa”.

Para ele, essa é a prioridade no Dia do Trabalhador e da Trabalhadora – que este ano volta a ser presencial – assim como em todos os outros dias do ano até 2 de outubro, quando o povo brasileiro irá as urnas para escolher o próximo presidente da República.

O Ato Unificado do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora vai intensificar a luta por mais direitos e por um país mais justo, com uma política econômica que priorize o desenvolvimento com geração de emprego e renda para o país, ou seja, o oposto do que a dupla Bolsonaro/Paulo Guedes, ministro da Economia, vem fazendo desde 2019.

Por isso, segundo Sérgio Nobre, que as eleições de 2022 são fundamentais para a classe trabalhadora e no 1° de Maio a tarefa principal é dialogar com os trabalhadores sobre o futuro do país. Para ele, a principal agenda da CUT e demais centrais sindicais neste dia será mobilizar a população e conscientizar sobre os problemas reais dos brasileiros – a volta da fome e da miséria, o desemprego, o aumento exorbitante dos preços dos alimentos e dos combustíveis, fatores que têm penalizado cada vez mais os trabalhadores e trabalhadores, em especial os mais pobres.

“Este ano, 2022, é um ano histórico em que teremos as eleições das nossas vidas. É em outubro que vamos ter a oportunidade de mudar os rumos nefastos em que o Brasil se encontra. Vamos ter a oportunidade decidir o que o Brasil será nos próximos 20 anos” – Sérgio Nobre.

Mas não basta tirar Bolsonaro e eleger um presidente com compromisso com os direitos sociais e trabalhistas, é preciso eleger deputados e senadores que tenham o mesmo compromisso, alerta o dirigente.

“Além de tirar o Bolsonaro de vez da presidência, temos de eleger candidatos que representem os interesses da classe trabalhadora, que saibam conduzir o país, que saibam o que o povo precisa. E defendemos a candidatura de Lula como a solução para salvar o Brasil e também a eleição de um Congresso Nacional que ajude na aprovação das pautas de interesse da classe trabalhadora”, destaca Nobre.

Sérgio Nobre, presidente da CUT – Foto: Roberto Parizotti

Pautas do Conclat 2022

No dia 7 de abril, as centrais realizaram o Congresso da Classe Trabalhadora (Conclat 2022), que teve como resultado o documento Pauta da Classe Trabalhadora, com propostas para o desenvolvimento do país e que serão abordadas e expostas ao público no Dia 1° de Maio, para consolidar o diálogo sobre o que país precisa para sobreviver. Entre elas:

Emprego e renda

– Contra os aumentos de preços de alimentos e combustíveis

– Valorização do salário mínimo

– Contra a fome e a miséria

– Mais direitos

– Valorização dos serviços e dos servidores públicos

– Defesa da democracia

– Mais investimentos em saúde, educação e transportes

– Contra a carestia

Defesa do emprego, direitos, democracia e pela vida

Este ano, o 1° de Maio traz como tema a “defesa do emprego, direitos, democracia e pela vida”, temas que dialogam diretamente com o que mais impacta na vida dos brasileiros, atualmente. Desde 2020, por causa das necessárias medidas de isolamento para conter o avanço da pandemia do coronavírus, a data vinha sido celebrada de forma virtual, porém com a mesma característica de denúncia e luta dos eventos presenciais.

A cultura sempre esteve presente nas celebrações da data. Para as centrais, o Dia Internacional do Trabalhador é uma grande oportunidade de dialogar com a população sobre os problemas do país não somente por discursos políticos, mas também por meio da arte e da cultura, setores muito atacados pelo Bolsonaro.

Além dos atos locais em todo o país, em São Paulo, será realizado o ato principal, na Praça Charles Muller (Pacaembu), a partir das 10h. Entre lideranças sindicais, políticas e religiosas, além de outras personalidades, estarão no palco das centrais grandes atrações como a cantora Daniela Mercury, que fará um show especial neste dia.

Outra atração confirmada é um dos maiores nomes do samba brasileiro e importante liderança política, a cantora Leci Brandão. Também fazem parte da programação Dexter, Francisco El Hombre e DJ KL Jay, além de outras a serem confirmadas.

O evento será transmitido ao vivo pelo Youtube e Facebook da CUT, das entidades filiadas e das centrais sindicais; e pelo Youtube da TVT (Youtube.com/redeTVT)

A TVT também transmitirá em sinal aberto pela TV, em São Paulo, no canal 44.1 e no ABC pelo canal 512 da Net.

Da Redação, com Portal da CUT

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