2018: cresce desmatamento e Brasil retrocede na área ambiental

Segundo especialista da USP, a tendência é piorar com o desmatamento, falta de amparo aos atingidos pela Samarco e as políticas de Jair Bolsonaro

Flickr/dusantos_bh

O ano de 2018 encerra-se para a área ambiental sem ter muito o que comemorar, segundo avalia o professor do departamento de Geografia e do programa de pós-graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), Wagner Ribeiro.

Em seu balanço para a Rádio Brasil Atual sobre a temática ambiental no Brasil, Ribeiro destaca o aumento do desmatamento e a falta de reparação para os atingidos pela tragédia de Mariana (MG), como alguns dos indicativos de agravamento sob o governo de Michel Temer.

24ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada no início do mês em Katowice, na Polônia, também foi relembrada pelo professor em sua análise. Apesar dos países terem liberado um repasse monetário na ordem de bilhões para nações mais pobres poderem promover formas de mitigação dos efeitos do aquecimento global, Ribeiro pondera que a conferência foi pouco efetiva quanto a medidas de diminuição dos gases do efeito estufa.

À jornalista Marilu Cabañas, o docente acrescentou ainda sua preocupação com o futuro das políticas de combate ao desmatamento, licenciamento ambiental, demarcação de terras indígenas com o governo de Jair Bolsonaro (PSL) que, segundo ele, “bate continência para os interesses do agronegócio”.

“Infelizmente, em questões ambientais, eu acredito que teremos um retrocesso bastante duro e será preciso muita resistência para evitar perdas que são anunciadas desde a campanha”, afirma Ribeiro.

Por Rede Brasil Atual

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