60 mortos: Edinho diz que operação de Cláudio Castro no Rio foi desastrosa

Mais de 60 foram mortos em ação nas comunidades da Penha e do Alemão. Entre as vítimas, estão policiais e moradores

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Edinho: "Derrubar essa medida é fechar os olhos para a realidade das famílias brasileiras”

O presidente do PT, Edinho Silva, criticou a operação desastrosa ordenada pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que resultou em mais de 60 mortos nesta terça-feira (28). Cerca de 2,5 mil policiais foram deslocados para as comunidades do Alemão e da Penha, sem planejamento ou trabalho de inteligência.

Os policiais foram recebidos com tiros de fuzil e até granadas jogadas com uso de drones por líderes do crime organizado. Moradores ficaram no meio do fogo cruzado, escolas, faculdades, postos de saúde e terminais rodoviários foram fechados. Veículos foram atravessados nas ruas em retaliação ao trabalho da polícia.

Edinho destacou que a operação resultou em um desastre. “Mais de 60 vidas foram perdidas no Rio de Janeiro em uma operação desastrosa para toda a população, inclusive para as forças de segurança, já que ao menos quatro policiais morreram. O governador do Rio de Janeiro politizou essa tragédia e disse que não recebeu ajuda do governo federal. O Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que todas as vezes que o estado pediu a Força Nacional foi atendido. A PF fez diversas operações para combater o crime organizado!, afirmou.

O presidente do PT destacou também que a PEC da Segurança Pública, que está parada no Congresso, é uma ação do governo Lula para combater este tipo de criminalidade generalizada. “O governo Lula também discute com governadores desde 2024 a PEC da Segurança Pública, que está parada no Congresso Nacional​ desde o início deste ano. Uma proposta que reforça a cooperação entre as forças de segurança com inteligência e planejamento. Será que o governador pediu à bancada do RJ para aprovar esse texto que tanto pode colaborar com a segurança pública? Fica o questionamento”, destacou.

Edinho destacou a operação da Polícia Federal contra o PCC, que junto com a Receita Federal desmontou a estrutura financeira da maior facção criminosa do país e não resultou em nenhuma vítima fatal, pois ocorreu com planejamento e inteligência.

“Recentemente, tivemos um exemplo de como a cooperação entre governos pode produzir bons resultados. A Operação Carbono Oculto atacou o financiamento das operações criminosas sem que houvesse mortes. Segurança pública não se faz com ações isoladas, improvisadas e que colocam a população em risco. Segurança pública se faz com planejamento, inteligência, articulação e responsabilidade. Nossos sentimentos a todos que perderam familiares e amigos nessa tragédia”, completou Edinho.

A ministra da Secretaria-Geral da Presidência, Gleisi Hoffmann, lembrou que a PEC da Segurança foi pensada pelo governo Lula para permitir atuação frente a situação como a que atinge o Rio neste momento. “Os violentos episódios desta terça-feira no Rio, com dezenas de mortes, inclusive de policiais, boqueio de rodovias e ameaças à população, ressaltam a urgência do debate e aprovação da PEC da Segurança Pública no Congresso Nacional. Ficou mais uma vez evidente a necessidade de articulação entre forças de segurança no combate ao crime organizado”, disse.

Ministério da Justiça

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, destacou que o governador Cláudio Castro não pediu nenhum tipo de ajuda para a operação no Rio, que saiu do controle. No entanto, o ministro destacou que sua pasta segue à disposição das autoridades estaduais para atender a população.

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“Combate ao crime organizado se faz com inteligência”, afirmou Lewandowski. Ele ressaltou a importância de aprovar a PEC da Segurança para avançar no combate à criminalidade. “A Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as forças federais têm uma competência muito limitada, constitucionalmente. As forças federais não são forças coadjuvantes das polícias militares e das polícias civis, nós auxiliamos o Rio de Janeiro no que pudemos”, disse o ministro.

“No começo desse ano, o governador Cláudio Castro esteve no Ministério da Justiça pedindo a transferência de líderes das facções criminosas para as penitenciárias federais de segurança máxima, foi atendido. Nenhum pedido foi negado”, completou ele.

Da Redação

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