“Deveríamos mudar o ministro, não os livros”, diz Rogério Carvalho

Senadores criticam afirmação de ministro da Educação acerca da mudança no conteúdo dos livros didáticos sobre período da ditadura militar

Jefferson Rudy/ Agência Senado

Senador Rogério Carvalho (PT-SE)

O senador Rogério Carvalho (SE), vice-líder da bancada do PT no Senado, criticou a manifestação do ministro da Educação de Bolsonaro, Ricardo Vélez, sobre mudanças no conteúdo dos livros didáticos referentes ao período da ditadura militar e do golpe de 1964.

Para Rogério essa é mais uma amostra da total incompetência do atual ministro para cuidar de uma área estratégica para o País. “Em vez de mudar os livros, a gente deve é trocar o ministro e fazer boa política, porque o que ele faz de fato não é pedagógico”, afirmou.

Já o senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado, utilizou as redes sociais para dizer que Ricardo Vélez responderá judicialmente por essa afirmação. “Mais um encontro marcado com esse senhor na Justiça. A sandice não tem fim. Vai responder por mais essa”, enfatizou.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro da Educação Ricardo Vélez afirmou que “haverá mudanças progressivas [no conteúdo dos livros didáticos] na medida em que seja resgatada uma versão da história mais ampla”, afirmou.

Ação judicial
O Partido dos Trabalhadores entrou com representações junto à Controladoria-Geral da União (CGU), à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão para que sejam tomadas as devidas providências contra o emprego de recursos públicos na confecção e divulgação de um vídeo enaltecendo o golpe militar de 1964 e a ditadura militar.

No último domingo (31), 55º aniversário do golpe, a divulgação da propaganda do regime que torturou, matou e perseguiu milhares de brasileiros chocou o País. No dia seguinte, a responsabilidade de Jair Bolsonaro na confecção e veiculação da peça foi confirmada pelo vice-presidente da República, Hamilton Murão, em entrevista ao site de O Globo.

“A responsabilidade pela divulgação do vídeo já está caracterizada. Agora, vamos buscar a responsabilização do autor”, disse Humberto Costa na oportunidade.

Por PT no Senado

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