Gleisi Hoffmann recebe Manifesto dos Economistas pela Democracia
Economistas entregaram nesta quinta-feira (23) à presidenta nacional do PT sugestões ao programa de governo da chapa Lula-Alckmin. Documento aponta caminhos para a recuperação social e econômica do País
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Economistas entregaram nesta quinta-feira (23) à presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), um documento com uma série de sugestões ao Programa de Governo da chapa Lula-Alckmin. Durante o Ato de Lançamento do Manifesto dos Economistas pela Democracia e Contra a Barbárie, representantes do movimento e de órgãos de classe, como o Conselho Federal de Economia, além de dirigentes de partidos políticos que integram o Movimento Juntos Pelo Brasil, destacaram que o documento aponta caminhos para a recuperação social e econômica do País.
O manifesto observa que a política econômica do governo Bolsonaro aprofundou a regressão da estrutura produtiva do País, agravando a crise social que afeta milhões de brasileiros, principalmente após o golpe de 2016. Além das críticas, o manifesto propõe soluções para a retomada do desenvolvimento, além das reduções das desigualdades sociais e econômicas. Entre elas, a extinção do teto de gastos, a criação de um novo arcabouço legal que permita ao Estado induzir o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, promover políticas públicas que reduzam a desigualdades sociais e regionais, com foco nos setores mais vulneráveis da sociedade.
Reduzir a fome e a miséria
Ao receber o Manifesto das mãos do coordenador do Movimento dos Economistas pela Democracia e contra a Barbárie, Adroaldo Quintela, a presidenta nacional do PT ressaltou que já havia lido o texto e que as ideias apresentadas no documento são muito semelhantes às diretrizes do Programa de Governo da pré-candidatura da chapa Lula/Alckmin, lançada na última terça-feira (21), em São Paulo. “As diretrizes que lançamos têm muito a ver com as propostas desse manifesto. Estamos na mesma linha, e na mesma direção”, apontou.
A parlamentar disse ainda que, além de recuperar a capacidade do Estado de induzir o desenvolvimento da economia, a primeira tarefa de um futuro governo Lula será reduzir a fome e a miséria que explodiram no País durante o governo Bolsonaro, além de estimular a geração de empregos.
“A nossa tarefa emergencial será combater a fome e a miséria. Um país com a riqueza do Brasil e com sua enorme produção rural não pode ter 33 milhões de pessoas passando fome. Isso é uma tragédia para o País e até mesmo para o nosso mercado interno. Precisaremos ainda de um programa de investimentos, porque precisamos de um Estado forte e robusto para gerar empregos e para isso o Teto de Gastos precisa acabar”, observou Gleisi Hoffmann.
Combate à desigualdade
Na mesma linha que a presidenta do PT, o representante do Conselho Federal de Economia Julio Miragaya também destacou que o combate à desigualdade social terá papel importante na recuperação do País.
“O combate à desigualdade é a questão central do País. Esse documento exprimiu isso em cada um dos 29 pontos em que trata da construção de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática. Para isso precisaremos retomar o papel do Estado como indutor do desenvolvimento, reformulando o nosso sistema tributário, tornando-o mais progressivo, valorizando o salário mínimo e combatendo as novas formas de exploração do capitalismo selvagem, com a pejotização e os aplicativos, e recuperando o Estado de Bem-Estar Social”, defendeu.
Também discursaram durante o Ato de entrega do Manifesto as economistas da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia (ABED) Julia Rodrigues e Ludmila Azevedo; a coordenadora da entidade no DF, Luise Villares; além do presidente do PT-DF, Jacy Afonso; da dirigente do PSOL, Tetê Monteiro; do Delegado Sindical da Unacon (Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle); e do representante da ABJD (Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia).
Leia abaixo a íntegra do manifesto.
Da Redação