Brasília: Acampamento bolsonarista é desmontado e 1,2 mil são presos
Estrutura mantida pelos terroristas bolsonaristas em frente a quartel do Exército na capital federal foi desmobilizada e prisões efetuadas pela polícia
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Na manhã desta segunda-feira (9), o acampamento dos terroristas bolsonaristas montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, foi desmontado em cumprimento a uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Tropas do Exército e efetivos da Polícia Militar do Distrito Federal participaram da desmobilização.
De acordo com a Polícia Federal, a desmobilização resultou na prisão de pelo menos 1,2 mil pessoas, que foram encaminhadas para o Departamento de Polícia Especializada (DPE), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), e para a Superintendência da Polícia Federal.
Segundo as informações do Exército, 1,4 mil pessoas foram retiradas do local para passar por uma “triagem”, sendo que, aproximadamente, 3 mil bolsonaristas estavam acampados em frente ao quartel militar.
O prazo de 24 horas para prisões em flagrante ainda está vigente, segundo as autoridades policiais. No domingo (8), conforme as imagens divulgadas pela imprensa, muitos dos participantes dos atos de terrorismo na Praça dos Três Poderes haviam retornado ao acampamento durante a noite.
Os terroristas detidos após os ataques ao Palácio do Planalto, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF) estão sendo encaminhados para o Complexo Penitenciário da Papuda (homens) e para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal (mulheres).
O interventor federal no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou que os terroristas bolsonaristas “seguirão sendo identificados e punidos”. Ele ainda anunciou novas ações contra os acampamentos golpistas na capital federal.
“Já estamos em campo novamente. Os criminosos seguirão sendo identificados e punidos”, escreveu Capelli em sua rede social. “Não permitiremos a continuidade de concentrações que funcionem como incubadoras de planos contra o Estado Democrático de Direito”, enfatizou.
Já estamos em campo novamente. Os criminosos seguirão sendo identificados e punidos. Não permitiremos a continuidade de concentrações que funcionem como incubadoras de planos contra o Estado Democrático de Direito.
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) January 9, 2023