Humberto: economia dá sinais positivos, mas é preciso rever juros
Senador celebra queda na inflação e cobra revisão da taxa de juros praticada pelo Banco Central
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O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou, nesta quarta-feira (12), o recente anúncio da inflação anual do país que pela primeira vez, desde 2021, ficou abaixo de 5% no acumulado dos últimos 12 meses, recuando para 4,65% em março, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em março, o índice desacelerou para 0,71%, ante os 0,84% de fevereiro, contrariando projeções do mercado financeiro, que indicavam 0,77%.
“A Bolsa subiu, o dólar caiu ao menor patamar em dez meses e a poupança teve um ganho, teve o maior ganho real em cinco anos. A cesta básica está mais barata em 13 capitais, e o valor caiu em até 4,65%. A balança comercial teve o melhor março da série histórica e as vendas no comércio bateram recorde e tiveram o melhor janeiro em 23 anos”, elencou o senador, em plenário.
Na avaliação de Humberto, essa é mais uma prova inconteste da positividade do ambiente no país desde a eleição do presidente Lula. Mas, apesar desse ambiente, faz-se necessária a revisão da taxa de juros praticadas pelo Banco Central, apontadas por dezenas de economistas respeitados como “injustificável”. A taxa Selic atualmente está em 13,75%.
“O Brasil tem a maior taxa de juros do mundo e os juros reais estão em 6,94%. A Selic neste patamar termina asfixiando os negócios e é um entrave ao crescimento do país. Essa fórmula deprime a economia, aumenta a dívida, encolhe o PIB e só agrada aos rentistas. No atual patamar, a taxa básica de juros é absolutamente indefensável, é destrutiva para o país e precisa ser, urgentemente, reduzida”, apontou Humberto.
O senador lembrou que a taxa de juros alta acaba encarecendo a tomada de empréstimos e, consequentemente, as empresas passam a ter menos incentivos para investir e gerar empregos.
“A queda da Selic pode estimular o consumo e o investimento, gerando um ciclo virtuoso de crescimento econômico e geração de empregos. Por isso, eu quero me somar a todos aqueles que neste momento têm cobrado do Banco Central uma atitude positiva, uma atitude que dê uma demonstração ao Brasil de que o Brasil pode retomar o crescimento e se desenvolver, mas, com essa taxa de juros, é absolutamente impraticável e impossível”, pediu o senador.
Do PT no Senado