MST faz Feira da Reforma Agrária no Rio
Assentados levam produtos orgânicos diretamente ao consumidor da cidade
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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) promove a partir de desta quinta-feira(24) a 5ª Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes, no Largo da Carioca, centro da capital fluminense. O objetivo é mostrar ao consumidor o que é produzido nas áreas de assentamento e de agricultura camponesa do Rio, como alimentos sem agrotóxicos e conservantes e cosméticos à base de plantas.
A feira pode ser visitada até amanhã (25), das 8h às 18h. São disponibilizadas para venda de 10 toneladas de alimentos, produzidos por cerca de 100 agricultores. A feira, que era realizada uma vez por ano, será ampliada para duas vezes ao ano. A próxima edição será em dezembro.
Entre os produtos à venda estão doces em compota, conservas de pimenta, mel, fitoterápicos, ervas medicinais, frutas e folhosas. “A principal diferença é o modo de produzir. Aqui a maioria dos produtos não tem conservante, contaminante, agrotóxico”, disse o dirigente do MST do Rio de Janeiro, Marcelo Durão. “ O método de agricultura que o modelo econômico brasileiro aposta é o da monocultura, é o agronegócio, que visa à mercadoria e não o produto”.
Para a agricultora de Barra do Piraí, no Médio Paraíba, Maria das Graças, a feira ajuda a mostrar o trabalho dos pequenos produtores rurais. “É importante para a gente mostrar às pessoas da cidade grande o trabalho que é feito pelo pequeno agricultor”, disse.
Produtos fitoterápicos também são encontrados na feira da reforma agrária. A partir de diversas plantas medicinais são produzidos remédios para dor de cabeça e cólica menstrual, por exemplo. Também são produzidos gel para massagem, pomadas e sabonete para limpeza de pele. A assentada do Setor de Saúde do MST Júlia Farias, de 52 anos, explicou como é feito o processo para se chegar ao produto final. “Nós fazemos desde a coleta das ervas, a secagem, até a produção final. Somos de vários lugares, mas a gente tem um grupo com em torno de 15 mulheres que se reúne para fabricar os produtos. A gente não tem espaço físico. As nossas casas ainda são de lona, de barro, então a gente vem fabricar esses produtos no Rio.”
Da Redação da Agência de Notícias do PT, com informações da Agência Brasil