CUT e centrais sindicais mobilizam povo para ir às ruas contra os juros altos

Campanha tem início em todas as regiões do país nesta sexta-feira, 16, com o Dia Nacional de Lutas. Atos nas ruas estão agendados para dias 20 e 21 em cidades onde há sedes do Banco Central; Confira

Contraf-CUT

As consequências de uma política bolsonarista, com um patamar tão alto nas taxas de juros, impactam severamente no bolso das famílias brasileiras

Contra os juros abusivos do Banco Central (BC), que devastam a vida econômica do povo brasileiro, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais começam nesta sexta-feira, 16, uma campanha nacional para exigir do BC a redução da taxa Selic, que hoje é a mais alta do mundo (13,75%).

As consequências de uma política bolsonarista, com um patamar tão alto nas taxas de juros, impactam severamente no bolso das famílias brasileiras, que a cada dia se endividam mais. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a inadimplência cresceu significativamente e bateu recorde no país de janeiro a abril deste ano.

Leia mais: Chefe do BC de Bolsonaro superou dados positivos na economia e sabota crescimento

O índice passou de 20,4% para 22,6%, conforme a CNC. É a maior proporção de inadimplência nessa faixa em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em maio de 2021.

A jornada nacional contra os juros altos e a política do presidente do BC, Roberto Campos, inclui caminhadas, panfletagem, assembleias com os trabalhadores e trabalhadoras, tuitaços, atos de rua, colagem de cartazes, plenárias e reuniões em todo o Brasil.

Nos dias 20 e 21, serão realizadas manifestações em cidades onde há sedes do BC e atos de rua em lugares de grande circulação de pessoas nas cidades onde não houver sede do BC. Em são Paulo, o ato será às 10h, na Avenida Paulista, n° 1.804 (prédio do BC).

Leia mais: Prévia da proteção cai e leva a tese do BC de Bolsonaro para manter juros abusivos

Presidente do PT convoca a sociedade

A deputada federal e presidente do PT Nacional, Gleisi Hoffman (PT/PR), convoca a sociedade brasileira para participar dos protestos em todo o país. Ela reforçou a necessidade de um movimento amplo e de soma com o presidente Lula para mudar a situação do povo brasileiro, que sofre com o crescimento das dívidas.

“Todo mundo está percebendo o esforço do nosso governo em melhorar a vida do povo. O preço dos combustíveis e do gás de cozinha já caiu, porque o presidente Lula mudou a política da Petrobras. Não tem mais aquela coisa maluca de cobrar em dólar por uma gasolina que é produzida no Brasil. O preço dos alimentos e a conta do supermercado também está parando de subir e vai melhorar porque o governo voltou a apoiar a agricultura familiar, camponesa e o pequeno agricultor, que põe comida na mesa do povo. E também está incentivando a indústria, com redução de impostos para aumentar as vendas e garantir empregos. Começa agora pela volta do carro popular e renovação da frota de ônibus e caminhões.Em breve as famílias vão poder renegociar as dívidas de 5 mil reais com abatimento e prazo bom, é o programa Desenrola, pra limpar o nome de milhões de brasileiros que vão poder voltar a comprar no crédito, o projeto já foi enviado para o Congresso Nacional . A roda da economia tem tudo para voltar a girar e o país crescer”.

Ouça o boletim da Rádio PT sobre a mobilização nacional contra os juros altos do BC:

Lançamento da campanha

A campanha nacional será lançada no dia 16 em São Bernardo do Campo, em uma manifestação organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC). A partir das 8h, haverá uma caminhada pelas ruas da cidade para manifestar o descontentamento e exigir a redução dos juros do BC.

No dia 19, será feito um tuitaço nacional para denunciar a política do BC, com engajamento das entidades sindicais filiadas à CUT, além de uma intensa mobilização pelas Brigadas Digitais da CUT, Comitês de Luta e organizações populares para ocupar as redes sociais.

De acordo com a CUT, outros atos estão sendo organizados em vários locais do país também para o dia 20, data em que começa a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) com definição no dia 21 de qual será a nova taxa praticada no país . O BC mantém a porcentagem em 13,75% desde agosto do ano passado.

Conforme o último boletim Focus, publicado no início da semana, a estimativa é de que o BC mantenha a taxa neste patamar abusivo.

Leia também:  Mello: a política monetária está segurando o crescimento econômico

Assista a série Banco Central de Bolsonaro: o sabotador da economia

Da Redação , com informações da CUT

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast