Dia das Crianças: lembre 5 ações do governo Lula na área da saúde

Com Lula, a infância brasileira voltou a ter proteção, seja no socorro aos pequenos Yanomamis, seja na retomada das campanhas de vacinação e de programas como Mais Médicos e Brasil Sorridente

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O governo Lula está empenhado em combater as fake news sobre vacinas e proteger a vida das crianças brasileiras

Ao colocar as crianças novamente no topo de suas prioridades, o governo Lula tem um cuidado todo especial com a saúde. Não poderia ser diferente. Como o próprio presidente já ressaltou várias vezes, ser saudável é o primeiro passo para que uma criança se desenvolva plenamente e possa exercer todos os seus direitos.

Nesta segunda matéria da série sobre as ações do governo em prol da infância (leia aqui a matéria sobre ações na área da educação), mostramos cinco iniciativas adotadas ao longo do ano e que garantem mais saúde às crianças brasileiras. Confira:

1. Socorro às crianças Yanomamis

Ainda no primeiro mês de governo, Lula viajou com uma comitiva de ministros a Roraima para socorrer o povo Yanomami. Vítima de ataques sistemáticos estimulados pelo governo Bolsonaro, a população indígena se encontrava em uma situação calamitosa. 

O quadro era ainda mais grave entre as crianças, que sofriam de quadros graves de desnutrição. Por causa disso, o Ministério da Saúde decretou, em 20 de janeiro, emergência de saúde pública na Terra Indígena Yanomami e iniciou uma série de ações de socorro.

O resultado veio logo. Menos de um mês depois, em 15 de fevereiro, o ministério comemorava o fato de que 78% das crianças atendidas pela Casa de Apoio à Saúde Indígena de Boa Vista (RR) já tinham ganhado peso, num claro sinal de que estavam vencendo a desnutrição.

2. Movimento Nacional pela Vacinação

O maior crime cometido por Jair Bolsonaro na Presidência foi, sem dúvida, a forma desumana e genocida como agiu durante a pandemia de Covid-19, levando o Brasil a ultrapassar a inaceitável marca de 700 mil mortos. Em seu negacionismo, Bolsonaro ainda espalhou em boa parte da população um medo infundado sobre as vacinas.

Como consequência, os brasileiros passaram a se vacinar menos. Em 2015, último ano do governo Dilma, a média de cobertura vacinal no Brasil ficou em 97% para tuberculose, poliomielite, rotavírus, pentavalente, pneumonia, meningite, tríplice viral D1 e hepatite A e B. Em 2021, sob o comando da gestão Bolsonaro, o índice caiu para 68%, e o Brasil passou a correr o risco de voltar a registrar casos de poliomielite.

Sabendo da gravidade desse quadro, o governo Lula lançou, em fevereiro, o Movimento Nacional pela Vacinação, que tem como objetivo retomar a confiança da população brasileira nas vacinas e da cultura de vacinação do país. 

A iniciativa é um grande movimento que conta com diversos atores da sociedade e inclui a vacinação contra a Covid-19 e outras doenças, em várias etapas ao longo de 2023, incluindo campanhas de multivacinação de crianças e adolescentes em todos os estados e no Distrito Federal.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, voltar aos índices de vacinação registrados em 2015 ainda é um desafio, uma vez que as fake news continuam a ser espalhadas na internet. Mas, em audiência na Câmara dos Deputados, ela mostrou dados que indicam uma melhora na situação.

Trindade informou que, de acordo com os primeiros dados coletados pela secretaria de Saúde Digital, a cobertura de vacinação contra HPV aumentou em 80% do ano passado para cá e a de meningite teve um aumento de 100%.

3. Volta da orientação aos beneficiários do Bolsa Família

Ao acabar com o Bolsa Família, Bolsonaro desmontou também toda a estrutura do Serviço Único de Assistência Social (Suas), que acompanha as famílias mais pobres por meio do Cadastro único e dos CRAS, ou Centros de Referência da Assistência Social.

Quando recriou o Bolsa Família, Lula voltou a fortalecer os CRAS. Consequentemente, as mães e os pais que receberem o Bolsa Família voltaram a ser orientados não só a manter os filhos na escola, como também a vaciná-los e a levá-los sempre ao médico. 

Já as gestantes voltaram a ser orientadas a cumprir todas as etapas do pré-natal. Essa é uma ótima notícia para as crianças brasileiras porque, ao agir assim, os dois primeiros governos Lula e o governo Dilma conseguiram, por exemplo, reduzir em 16% a mortalidade de crianças de 1 a 4 anos, entre 2006 a 2015, e fazer com que 98,8% das crianças beneficiadas cumprissem o calendário de vacinação.

4. Recriação do Brasil Sorridente e do Mais Médicos

Uma das principais ações do governo Lula na saúde foi a retomada de importantes programas que foram extintos pelo governo Bolsonaro, como o Farmácia Popular, o Brasil Sorridente, que receberá o montante recorde de R$ 3,8 bilhões em 2024, e o Mais Médicos.

Os dois últimos são especialmente importantes para as crianças brasileiras, que constituem um dos principais grupos atendidos. Para se ter uma ideia, estudo publicado na Revista Panamericana de Salud Pública mostrou que o Mais Médicos reduziu a mortalidade infantil e neonatal em mais de 20%.

LEIA MAIS: Revista mostra como desmonte do Mais Médicos causou a morte de crianças

5. Política de saúde menstrual

Outra ação que mostra o empenho do governo Lula em dar mais qualidade de vida à população é o Programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual, que prevê a oferta gratuita de absorventes para pessoas de baixa renda.

Boa parte das 24 milhões de pessoas beneficiadas são crianças e adolescentes que, muito comumente, perdem dias de escola por não terem acesso aos absorventes e acabam ficando em casa.

“A necessidade de enfrentar a desigualdade social é que traz esse movimento, colocando todas as mulheres e pessoas com útero no centro das discussões das políticas públicas. [O programa] traz à luz o direito à saúde e à cidadania, dando visibilidade às pessoas como portadoras de direitos”, destacou, em entrevista à TvPT, a coordenadora de Acesso e Equidade do Ministério da Saúde, Lilian Silva Gonçalves.

Da Redação

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