Emprego formal cresce com ganho real no salário médio em 2013
Resultado da RAIS foi acima dos 2,48% registrados em 2012 e o salário médio feminino cresceu mais do que o masculino
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O número de empregos formais cresceu 3,14% no ano passado em relação a 2012, somando 1,49 milhão de novos postos. E os salários médios dos trabalhadores apresentaram um aumento real de 3,18%, ao passarem de R$ 2.195,78 para R$ 2.265,71, entre o final de 2012 e o de 2013. Esses são os principais dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS- 2013), divulgados nesta segunda-feira (18).
“O País vem mantendo a geração de postos, seguindo o crescimento do PIB. Apesar da desaceleração, criamos vagas de emprego e tivemos ganhos reais de salários, como demonstra a RAIS”, afirmou o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias
O resultado está acima do ano anterior, quando o incremento ficou em 2,48%, o que correspondeu a 1,148 milhão de empregos estatutários e celetistas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostram que 2013 foi o ano com menor taxa de desemprego, 5,4%.
Segundo informa dados da RAIS 2013, o montante de vínculos empregatícios ativos em 31 de dezembro de 2013 no País atingiu 48,948 milhões, ante 47,459 milhões do ano anterior.
No ano passado, o salário feminino cresceu mais do que o masculino: alta de 3,34% para as mulheres e 3,18% para os homens. Os estabelecimentos declarantes em 2013 foram 8.1 milhões – 3,35% mais do que os 7,9 milhões de 2012.
Expansão – O aumento do emprego formal em 2013 ocorreu em todos os setores, cujo comportamento está atrelado à dinâmica macroeconômica, que foi impulsionada pelo crescimento de 6,3% nos investimentos, 2,3% no consumo das famílias, proporcionado pelo aumento real de 2% da massa salarial e expansão do crédito.
Em termos absolutos, os setores que mais se destacaram foram Serviços, que gerou 558,6 mil empregos; o Comércio com geração de 284,9 mil empregos; a Administração Pública, com 403 mil empregos; a Indústria de Transformação, que gerou 144,4 mil empregos formais; e a Construção Civil, com geração de 60,0 mil empregos com carteira assinada.
Todas as Grandes Regiões mostraram expansão do emprego, com destaque para a região Sudeste (550,3 mil postos de trabalho); Nordeste (313,2 mil postos); e o Sul: (285,6 mil postos).
Entre os estados São Paulo foi o destaque, com geração de 267,9 mil postos; Minas Gerais, com 128,9 mil postos; Rio de Janeiro, que gerou 125,1 mil postos; Distrito Federal com 93,5 mil postos e Santa Catarina com geração de 107,9 mil postos de trabalho em 2013.
Dentre os oito setores de atividade econômica, sete apresentaram expansão nos rendimentos, com destaque para: Agricultura (6,13%), Extrativa Mineral (4,76%), Construção Civil (4,29%), Comércio (3,63%), Indústria de Transformação (3,40%) e Serviços (3,33%), todos registrando aumentos superiores à média da totalidade dos setores (3,18%).
RAIS – A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) foi instituída pelo Decreto nº 76.900/75, que obriga as empresas a prestar declaração anual ao MTE. Suas informações referem-se aos empregados celetistas, estatutários, avulsos, temporários, dentre outros, colhendo dados da remuneração, grau de instrução, ocupação e nacionalidade, além de dados dos estabelecimentos relativos à atividade econômica e área geográfica.
Os dados da RAIS prestam subsídios ao FGTS e à Previdência Social; permite o controle da nacionalização da mão-de-obra; auxilia na definição das políticas de formação de mão-de-obra; gerando estatísticas sobre o mercado de trabalho formal.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Ministério do Trabalho e Emprego