Dilma desmascara mentiras da extrema direita sobre ajuda do Banco dos BRICS ao RS

Presidenta do banco esclarece que recursos de US$ 1,1 bi não foram aprovados no governo Bolsonaro. “As operações para a concessão de empréstimo são bem mais recentes. A mais antiga é de novembro de 2023”, diz nota da assessoria

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"Até Dilma Rousseff assumir a presidência, o NDB enfrentava uma séria crise de liquidez", diz um trecho da nota

Diante da avalanche de fake news da extrema direita bolsonarista sobre a tragédia no Rio Grande do Sul – a última envolvendo a ajuda financeira do Banco dos BRICS ao estado -, a presidenta do banco, Dilma Rousseff, divulgou, nesta terça-feira (21), nota à imprensa para restabelecer a verdade dos fatos.

A notícia falsa refere-se ao anúncio, feito por Dilma, de que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), sobre um repasse de US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 5,7 bilhões) para ações de recuperação do estado, atingido por enchentes desde o fim de abril. O esgoto bolsonarista espalhou a notícia falsa de que o dinheiro teria sido aprovado durante a gestão de Jair Bolsonaro no governo federal.

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“Ao contrário do que insinuam expoentes da extrema-direita brasileira, os recursos anunciados há uma semana por Dilma Rousseff não foram aprovados na vigência do governo Bolsonaro”, diz nota da assessoria de Dilma. “As operações para a concessão de empréstimo são bem mais recentes. A mais antiga é de novembro de 2023. A mais nova, de março deste ano”, esclarece.

A nota explica ainda que o recurso foi aprovado em novembro de 2023, pelo Senado Federal, e em março de 2024, pela Comissão de Financiamentos Externos do Ministério do Planejamento.

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A nota também lembra a situação precária em que se encontravam as finanças quando assumiu a direção do Banco dos BRICS, resultado da gestão incompetente do indicado para a instituição por Bolsonaro. Assim como seu chefe, o antigo presidente se tornou uma espécie de funcionário-fantasma do banco.

“Um banco só empresta e faz investimentos com recursos que levanta no mercado”, observa a nota. “Ora, sob a gestão anterior, conduzida pelo indicado à presidência do Banco dos BRICS pelo governo Bolsonaro, o NDB não fez nenhuma emissão de títulos no mercado de capitais em dólar durante 15 meses — de dezembro de 2021 a março de 2023. Os títulos em yuan também não foram emitidos ao longo de sete meses”.

Foi, portanto, apenas na nova gestão que o banco superou a restrição de liquidez, explica.

Leia abaixo a íntegra da nota da assessoria de imprensa do NDB:

1. A assessoria de imprensa de Dilma Rousseff, presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), esclarece alguns detalhes das operações de empréstimo anunciadas para o enfrentamento da calamidade pública no Rio Grande do Sul, em razão das cheias e fortes chuvas.

2. Ao contrário do que insinuam expoentes da extrema-direita brasileira, os recursos anunciados há uma semana por Dilma Rousseff não foram aprovados na vigência do governo Bolsonaro. As operações para a concessão de empréstimo são bem mais recentes. A mais antiga é de novembro de 2023. A mais nova, de março deste ano.

3. Do total de US$ 1,115 bilhão para o Rio Grande do Sul, US$ 795 milhões — US$ 500 milhões do BNDES e US$ 295 milhões do BRDE — são de operações aprovadas, respectivamente, em 14 de novembro de 2023, pelo Senado Federal, e em março de 2024, pela Comissão de Financiamentos Externos do Ministério do Planejamento.

4. Cabe ainda destacar que outros US$ 200 milhões anunciados pela presidenta Dilma Rousseff, que serão investidos diretamente pelo NDB, dependem de projetos a serem submetidos pelas autoridades brasileiras ao chamado Banco dos BRICS. Ou seja, são operações ainda mais recentes.

5. Do total, US$ 995 milhões são operações feitas sob a gestão de Dilma Rousseff. Quanto às operações “antigas” — US$ 100 milhões do BB e US$ 20 milhões do BRDE — ambas foram direcionadas exclusivamente agora para o Rio Grande do Sul.

6. Por fim, é necessário apontar as duras condições financeiras em que Dilma recebeu o NDB, ao assumir o cargo em abril de 2023. Um banco só empresta e faz investimentos com recursos que levanta no mercado. Ora, sob a gestão anterior, conduzida pelo indicado à presidência do Banco dos BRICS pelo governo Bolsonaro, o NDB não fez nenhuma emissão de títulos no mercado de capitais em dólar durante 15 meses — de dezembro de 2021 a março de 2023. Os títulos em yuan também não foram emitidos ao longo de sete meses.

7. Até Dilma Rousseff assumir a presidência, o NDB enfrentava uma séria crise de liquidez. A capacidade de apoiar novos investimentos para os membros — além do Brasil e os demais sócios do banco — permaneceu extremamente limitada pela falta dos recursos para investir, justamente em um momento em que os países mais precisavam destes novos recursos.

8. Foi apenas sob a direção de Dilma Rousseff que o NDB superou a restrição de liquidez. Desde sua chegada, o banco voltou ao mercado de capitais inúmeras vezes. A própria agência de risco Fitch reconheceu a superação dos problemas de liquidez (https://www.fitchratings.com/entity/new-development-bank-96664712) e mudou a perspectiva de risco do NDB de “negativa” para “estável”. Ao longo de 2023 até maio de 2024, o Banco dos BRICS levantou US$ 9 bilhões.

9. O NDB é agora um banco bem capitalizado e pouco alavancado, com uma fila de projetos de financiamento para os seus sócios. E continua indo ao mercado. O Banco dos BRICS priorizou o Rio Grande Sul pelo seu compromisso com o enfrentamento de desastres naturais e pela solidariedade ao povo gaúcho neste momento de crise.

10. Ainda sobre as condições de operação do NDB, cabe esclarecer que o antecessor deixou o banco, em Xangai, em março de 2022, e não mais retornou até deixar a presidência do Banco dos BRICS, em 24 de março de 2023.

Assessoria de Imprensa
Dilma Rousseff

Da Redação, com assessoria do Banco dos BRICS

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