Folha critica baixo resultado do “choque de gestão” em Minas

Apesar de Aécio, como todo tucano, valorizar a capacidade de cortar gastos, governo mineiro aumentou as dívidas e diminuiu o crescimento do estado

O “choque de gestão” implantado por Aécio Neves (PSDB) no governo de Minas Gerais fracassou, avalia a Folha de S. Paulo, em manchete neste domingo. Apesar da rápida melhora das contas do estado, no início da gestão do tucano, a trajetória não se manteve.

Mesmo a Folha constata que os dados de arrecadação, despesas com pessoal, investimentos e endividamento mostram que, a partir do segundo mandato de Aécio, o desempenho é semelhante ou inferior à média nacional.O levantamento da Folha comparou os principais indicadores fiscais de Minas e das demais unidades da Federação entre 2002, primeiro mandato de Aécio, e 2013.

Quando os tucanos assumiram o Estado, as contas mineiras estouravam os limites fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal para as dívidas e os gastos estaduais com o funcionalismo. Após conter despesas e aumentar a arrecadação do ICMS, principal imposto cobrado pelos Estados, elevar alíquotas do IPVA, introduziu um novo modelo de cobrança do imposto sobre doações e heranças e criou ou aumentou algumas taxas, as contas começaram a ser equilibradas. Mas essa fase foi seguida de uma piora foi mais visível nos últimos anos de governo.

O endividamento de Minas fechou o ano passado em 183% da receita; a arrecadação tributária, nos últimos sete anos, cresceu abaixo da média estadual. Com encargos elevados de juros e amortizações, diminui o espaço no Orçamento para as obras e outros investimentos destinados a estimular o crescimento econômico.

No ano passado, na gestão do ex-vice e sucessor de Aécio, Antonio Anastasia, foram desembolsados R$ 4,3 bilhões, apenas 7% da despesa total e 5,8% abaixo do montante de quatro anos antes, se considerada a inflação, informa a Folha.

 

Por Alessandra Fonseca, com informações da Folha de S. Paulo

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