José Américo defende divulgação dos nomes dos investigados

Em entrevista ao El País, secretário de comunicação do PT falou sobre o futuro do partido, as ações nas redes e bandeiras defendidas pela legenda

O secretário nacional de comunicação do Partido dos Trabalhadores, José Américo, defendeu, em entrevista ao jornal espanhol “El País” publicada nesta quarta-feira (25), a divulgação dos nomes dos políticos citados em depoimentos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

“Para nós, quanto antes anunciarem os nomes dos políticos e começarem as investigações, definirem quem é indiciado e quem não é, melhor. Porque aí é possível se defender. Hoje não se sabe bem quem é, então o governo que sai como culpado”, explicou.

Assim como outros dirigentes do partido, o secretário de comunicação voltou a criticar os vazamentos seletivos das delações da Operação Lava Jato. Para ele, há um direcionamento nas investigações.

“O problema na Lava Jato é que, independentemente de pegar outros partidos, o PT, que é o governo, apanha mais”, afirmou.

Para ele, é preciso que o governo federal faça uma ponte com o Congresso Nacional, a fim de garantir mais governabilidade. Além disso, José Américo destacou a importância do PMDB, partido do vice-presidente da República, Michel Temer.

O secretário nacional de comunicação do PT incluiu entre as principais bandeiras defendidas pela legenda atualmente a redução da jornada de trabalho para 40 horas, o imposto sobre as grandes fortunas, a regulação da mídia e a reforma política.

“Para nós, uma das coisas mais importantes na reforma política é a questão do financiamento. O financiamento privado e empresarial é o que está por trás de tudo o que está acontecendo no Brasil”, explicou.

Sobre a Proposta de Emenda à Constituição 352/2013, que tramita em comissão especial na Câmara dos Deputados e mantém o financiamento de campanha por empresas, José Américo afirmou que o partido tentará “barrar” a medida com mobilização social.

Comunicação – José Américo ressaltou o papel da Agência PT de Notícias e das redes sociais do partido para a militância digital petista. Ele contou que a legenda fez mais de 20 oficinas digitais nos últimos anos. Até o fim do primeiro semestre deste ano, serão mais 10 oficinas.

“Organizamos uma militância digital que nunca foi organizada no mundo. Ensinamos como fazer o blog, o conceito da rede”, contou.

Para o secretário nacional de comunicação, o trabalho feito na internet pelo partido “organizou” a militância ideológica nas redes. “Com as redes sociais, você não precisa organizar 100.000 pessoas. Se organizar quatro, cinco, seis mil pessoas é muita coisa”, explicou.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “El País”

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