Grupo que vai à Venezuela não é chapa branca, diz Requião à Aécio
Requião respondeu, pelo Twitter, acusações do senador Aécio Neves. De acordo com o senador do PMDB, nova visita à Venezuela não é “molecagem”
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O senador Roberto Requião (PMDB) respondeu, na segunda-feira (22), aos ataques de Aécio Neves (PSDB) sobre a ida de uma nova comissão do Senado à Caracas. O tucano chamou a comitiva de “chapa branca”.
“Aécio diz que novo grupo que vai à Venezuela é chapa branca. Não é, nem chapa branca, nem molecagem. Conversaremos com todos”, respondeu Requião, no Twiter.
Os parlamentares da base governista serão enviados ao país para acompanhar a situação dos presos políticos do governo de Nicolas Maduro.
O requerimento para uma nova visita foi aprovado, na quinta-feira (18), pelos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Roberto Requião (PMDB-PR) e Vanessa Graziottin (PCdoB-AM).
O encaminhamento foi tomado após a tentativa frustrada de visita a supostos presos políticos na Venezuela, na quarta-feira (17), por uma comitiva de oito senadores dos partidos PSDB, DEM, PMDB, PPS e PSD, capitaneada pelo candidato derrotado nas eleições de 2014 e senador, Aécio Neves.
Segundo Lindberg, a nova comissão foi montada porque que a primeira não agiu com isenção e imparcialidade que a gravidade do momento político da Venezuela merece. Para o senador, a comissão já tinha no tom do discurso o acirramento de ânimos.
“Eles não tiveram uma postura equilibrada, de uma representação parlamentar. O Aécio está cada vez mais parecido com o Caiado, tanto na política externa quanto nas questões internas. Aqui no Brasil eles fazem esse discurso de acirramento o tempo todo. A gente não precisa de mais incendiário, precisamos de bombeiros. Eles foram incendiários”, destaca o senador.
De acordo com o senador, a intensão da nova comissão é ir para entender a situação e ressaltar a importância dos princípios da legalidade.
“Os senadores Caiado e Aécio colocaram na mesma van deputados da oposição, como a Maria Bolina. Foi um equívoco. O que houve ali foi uma interferência direta na política interna da Venezuela. Temos de saber separar”, declara Lindbergh.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias