Em mensagens interceptadas pela PF, empreiteiro cita encontro com Aécio Neves

Tucano confirmou reunião com ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, em 2012. Empresário é acusado de cartelizar licitações de obras da Petrobras e pagar propina a diretores da estatal

Foto: Lula Marques/Agência PT

A Polícia Federal interceptou, pela Operação Lava Jato, trocas de mensagens por celular do ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, que fazem menção ao senador tucano e candidato derrotado à Presidência da República, Aécio Neves.

A interceptação mostra um diálogo entre Pinheiro Filho, também conhecido como Léo Pinheiro, e o então diretor da área Internacional da construtora, Augusto Cezar Ferreira Uzeda.

Nas mensagens, o ex-presidente da OAS cita que teria um encontro com Aécio Neves. Ele questionava Uzeda se ele poderia receber, em dezembro de 2012, o embaixador moçambicano Murade Murargy, pois estaria com o tucano.

“Vou confirmar sua ida. Nesse mesmo horário vou estar com Aécio”, diz trecho da mensagem do réu na Lava Jato. Pinheiro Filho é acusado de cartelizar licitações de obras da Petrobras e pagar propina a diretores da estatal.

Menos de duas semanas após a mensagem do ex-presidente da OAS, Aécio Neves foi lançado pré-candidado a presidente da República. Em nota, o tucano confirmou o encontro.

Aécio Neves também é citado em delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Segundo ele, o senador dividia propina de uma diretoria de Furnas com o ex-deputado do PP José Janene, morto em 2010.

A exemplo de Yousseff, a procuradora Andréia Baião, da PGR-RJ, em 2010, descreveu a empresa Bauruense como intermediária que repassava os recursos arrecadados pela estatal para financiar a campanha de 2002 de candidatos da oposição (PSDB e DEM), como os eleitos Alckmin (governador SP), Serra (presidência) e Aécio Neves (governador MG).

Da Redação da Agência PT de Notícias

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