Lula não é a única opção do PT para 2018, diz Berzoini

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini (PT) declarou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “é um dos nomes mais competitivos que o PT pode apresentar em 2018”, porém frisou que o petista “não é a única opção”

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Há um mês no cargo de  ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini (PT), responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, ressaltou que o trabalho para consolidar a base é constante. Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo” no sábado (31), ele reforçou a continuidade do mandato da presidenta Dilma Rousseff e comentou que, em 
 em 2018, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não é a única opção” que o partido tem para apresentar.


Sobre a possibilidade do ex-presidente Lula ser o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) em 2018, Berzoini foi enfático ao dizer que “ele é um dos nomes mais competitivos”, “mas não é a única opção”. Bem humorado, o ministro não deu detalhes de quem poderá ser apontado e brincou com a indicação  do seu próprio nome. 

“Se alguém lembrar do meu nome, posso até não aceitar, mas triste eu não fico”, disse. 

Questionado sobre seu trabalho à frente da articulação política, o ministro explicou que, após a reforma ministerial, “mudou o quadro, a relação com o PMDB da Câmara” e reforçou que este é um “caminho para consolidar a base”. A conversa constante do Planalto com os parlamentares lembra o atendimento de “pronto-socorro”, avaliou o ministro. 

“Tem dia que eu recebo 70, 80 parlamentares. Eu brinco que aqui não é um consultório, que só atende com hora marcada. É um pronto-socorro mesmo”, disse.

O  motivo para tanto diálogo na analise de Berzoini é devido a atual conjuntura política do país. 

“Nós estamos vivendo um momento muito complexo. Não há mágica na política. Parte da base está preocupada com a questão econômica e social, parte foi atingida pelos processos da Operação Lava Jato e outra parte tem demandas que não forma atendidas. Mas o ambiente, hoje, é muito melhor”, ressaltou. 

Segundo Berzoini, o governo quer aprofundar o debate no  Congresso Nacional sobre a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas frisou que o assunto deve ficar para 2016, pois “há pouco tempo até o fim do ano”. 

Para Berzoini, a Operação Lava Jato “atrapalha a economia, o país e o governo do ponto de vista empresarial”. Porém, ele frisou que o governo apoia as investigações, mas destacou que é preciso “encontrar  mecanismos para reverter este quadro”, já que o caso “provoca impactos severos no PIB”.

Indagado sobre a forma como a Polícia Federal (PF) conduziu a busca e apreensão de documentos no escritório de um dos filhos do ex-presidente Lula, o ministro disse que “achou muito estranho haver uma intimação às 23h”. O  ministro comentou ainda que a investigação parece que tomou um “foco” político, “voltado para alguém com uma liderança histórica no país”. 

A respeito da governabilidade de Dilma Rousseff, o ministro destacou que a intenção é chegar “em 2018 com a presidenta reconhecida pelo povo por suas qualidades”. Sobre a tentativa de golpe contra a chefe do Executivo, Berzoini defendeu que “não há nenhum elemento factível para se produzir uma decisão pela abertura de um processo”. 

Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias

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