Ameaçado, Covas “bolsonariza” campanha e tenta esconder o vice

A postura de Bruno Covas (PSDB) destoou da que manteve nos 59 dias de campanha, durante entrevista à CBN, na terça-feira, registrou a Folha de S. Paulo. A mudança é motivada pela irritação com a exploração mais acentuada de dois temas indigestos ao candidato do PSDB. A aliança do atual governador João Dória com Bolsonaro nas eleições de 2018 e as acusações que pesam contra seu vice

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Em São Paulo, Covas tenta fugir da memória do "bolsodória" que elegeu seu padrinho em 2018

O candidato do PSDB em São Paulo, Bruno Covas, passou recibo do avanço da candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) nesta última semana da campanha. Diante do crescimento de Boulos na última pesquisa Datafolha, apelou para ataques pela direita, abandonando sua postura inicial de “centro”. Em entrevista à CBN, na terça-feira, Covas buscou atrelar Guilherme Boulos (PSOL) aos “regimes” de Cuba e Venezuela.

A postura de Bruno Covas (PSDB) destoou da que manteve nos 59 dias de campanha, registrou a Folha de S. Paulo, na terça-feira. A mudança é motivada pela irritação com a exploração mais acentuada de dois temas indigestos a Covas. A aliança do atual governador João Dória com Bolsonaro nas eleições de 2018 e as acusações que pesam contra seu vice.

O “Bolsodória” relembra a aliança eleitoral de seu padrinho em 2018 e afirma a sua  vinculação com Dória e Bolsonaro, ambos campeões de rejeição na cidade. O outro incômodo expõe o vice, o vereador Ricardo Nunes (MDB), envolvido em caso de violência doméstica e denúncia de corrupção, no episódio da máfia das creches. que desviou recursos das escolas públicas

O perfil de seu vice traz preocupação aos eleitores diante do histórico de prefeitos da legenda que, depois de eleitos, abandonaram a prefeitura. Em debates, Boulos faz referência a José Serra (PSDB) eleito em 2004, que deixou a prefeitura para Gilberto Kassab (PSB) em 2006. O candidato do PSOL, também lembra do atual governador João Dória, que deixou o comando da cidade para Covas em 2018.

Campanha na periferia

Nesta reta final, a campanha avançou ainda mais nas ruas de São Paulo para virar o voto dos indecisos que ainda somam um percentual expressivo. Para isso, o conjunto das forças políticas que apoiam Boulos promovem diferentes eventos por toda a cidade.

O Partido dos Traballhadores organizou e participa de inúmeras carreatas, caminhadas e bandeiraços na periferia da cidade, onde o partido tem forte presença. Até sábado, a campanha percorrerá os bairros de Campo Limpo, M’Boi Mirim, Jardim Ângela e Capão Redondo, entre outros.

Da Redação

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