Amigo de Flávio Bolsonaro, neto de ditador é foragido da Polícia Federal

Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, que mantém “laços entre as famílias” com filho de Jair Bolsonaro, tem mandado de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro

Reprodução

A Polícia Federal procura por Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do ditador João Baptista Figueiredo, último presidente da ditadura militar. Ele tem mandado de prisão aberto por crimes contra o sistema financeiro, corrupção, lavagem de dinheiro e gestão temerária em um esquema de pagamento de propinas. A PF suspeita que o acusado esteja nos Estados Unidos e incluiu o nome dele na lista da Interpol.

Figueiredo Filho, inclusive, mantém “laços entre as famílias” com Flávio Bolsonaro (PSL), conforme o próprio filho de Jair Bolsonaro publicou em 24 de setembro de 2017. O senador eleito, por sua vez, teve movimentações bancárias suspeitas identificadas pelo Coaf e ainda cultiva amizade com milicianos procurados pela justiça.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o neto do ditador Figueiredo é alvo da Operação Circus Máximus, deflagrada nesta terça (29), que apura o pagamento de propinas a diretores e ex-diretores do Banco de Brasília (BRB) em troca de investimentos em projetos como o do extinto Trump Hotel, no Rio de Janeiro, atualmente LSH Lifestyle.

Ainda de acordo com a publicação, Figueiredo Filho se associou em 2013 ao presidente estadunidense, Donald Trump, para explorar o hotel de luxo, na Barra da Tijuca. A Trump Organization —propriedade do mandatário— cedeu sua marca para o empreendimento até 2016, mas se retirou do negócio depois que ele passou a ser investigado.

O neto do ditador Figueiredo e outros sócios montaram um fundo de investimento para captar recursos para a construção do hotel e, segundo as investigações, dirigentes do BRB entraram com recursos no fundo em troca de propinas. Um dos sócios do empreendimento, o empresário Ricardo Rodrigues fez acordo de colaboração premiada e revelou detalhes do esquema criminoso.

Segundo Rodrigues, o amigo de Flávio Bolsonaro sabia do pagamento de propinas e administrou o Hotel LSH Barra “por boa parte do período em que foram pagas notas falsas necessárias para a geração de dinheiro vivo que seria empregado no pagamento de propinas”, aponta a reportagem da Folha.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S.Paulo

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