Anderson Dalecio: A militância e o seu papel decisivo

Cada um de nós tem um papel muito importante na reconstrução de nosso partido, somos nós militantes de base, com nossas experiências, que faremos o PT voltar para o lado do povo e dos movimentos sociais

Tribuna de Debates do PT

Foto: Paulo Pinto/Agência PT

O PT passa por um momento decisivo em sua história política, os PED municipais, os congressos estaduais e o nacional serão fundamentais para que o partido escolha o caminho: ou o de volta para a recuperação de sua imagem com o povo e sua base partidária ou o caminho para se tornar mais um entre os partidos que aí estão.

O PT/SBC (São Bernardo do Campo) é um dos diretórios mais importantes do país, por ser uma cidade com história de luta da classe trabalhadora, por ser um dos primeiros diretórios do partido e em especial, por ser o diretório onde está filiado o nosso maior patrimônio, o presidente Lula.

Há muito tempo no PT/SBC o partido se tornou um reinado com suas províncias, ou seja, os grupos políticos (que são diferentes das correntes partidárias que fazem o debate para a melhoria do Partido).

Esses grupos políticos são guiados por interesses de uma pessoa só, o seu líder. É aí que está um dos principais motivos da destruição política e ideológica do nosso partido na cidade e o maior exemplo disso é este mandato 2013-2017 do diretório atual, o mais morto de sua história.

No PED 2013, uma das principais propostas do atual presidente era de que conversaria com toda a militância, e que aquele ou aquela militante que quisesse trabalhar no partido, não importando grupo ou corrente, iria trabalhar.

Mas não é o que acontece. Na realidade, o que vemos hoje é uma militância abandonada, as lideranças de base sozinhas em suas lutas diárias, em seus bairros, e principalmente uma militância que é usada nas eleições, usadas por grupos individuais e que depois são descartadas e voltam às suas realidades, ou seja, só tem militante e liderança de dois em dois anos.

Nós tivemos uma conturbada composição de diretório e executiva por causa do interesse de dois grupos. Ambos os lados não abriam mão de ficar com determinados cargos e o fim de toda essa briga fez cair por terra a promessa de que quem quisesse trabalhar iria trabalhar, e quem quis trabalhar por esse partido foi engolido por interesses individuais das lideranças desses grupos.

O Setorial de Saúde, Secretaria de Mulheres e a Secretaria de Formação são as maiores provas disso, onde os interesses de grupos por aparelhar o partido não deixaram que essas secretarias e setorial fossem dirigidas por homens e mulheres que apenas queriam o bem do partido.

Quero me dirigir e fazer um apelo a cada filiado e filiada, os/as líderes de base de nosso partido na cidade, que pensem na história do PT, que pensem nas condições atuais de suas lutas, que pensem no objetivo maior da fundação do PT de que deveria estar ao lado de sua base e do povo e ser o seu principal instrumento de luta por um país mais justo.

Não abaixem suas cabeças para interesse destes grupos que não querem mudanças e já sinalizaram pra isso, que não querem reconhecer os erros, querem apenas continuar alimentando a lombriga do poder e do individualismo.

Cada um de nós tem um papel muito importante na reconstrução de nosso partido, somos nós militantes de base, com nossas experiências, que faremos o PT voltar para o lado do povo e dos movimentos sociais, para que o partido volte a ser de esquerda de luta e de massas.

Viva a militância do PT!!!!!
Viva o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras!!!!!!!

Anderson Dalecio, Coordenador do Núcleo Rosa Luxemburgo, para a Tribuna de Debates do 6º Congresso. Saiba como participar.

ATENÇÃO: ideias e opiniões emitidas nos artigos da Tribuna de Debates do PT são de exclusiva responsabilidade dos autores, não representando oficialmente a visão do Partido dos Trabalhadores

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