Artigo: Globo, por que no te callas?, por Mônica Valente

Em artigo, Mônica Valente questiona a pressão das Organizações Globo sobre STF “para tentar salvar aquele que é o maior escândalo jurídico da história recente deste país enlutado”, diz

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Mônica Valente

Pelo menos no dia em atingimos a trágica marca de mais de 350 mil brasileiros e brasileiras mortos por COVID 19 , as Organizações Globo deveriam abster-se de tentar de novo incidir na Suprema Corte brasileira para, uma vez mais, tentar salvar aquele que é o maior escândalo jurídico da história recente deste país enlutado.

Não Merval, não são os advogados da “guilda” petista ( sic) do Grupo Prerrogativas que dizem que Moro é um juiz suspeito e parcial. São os inúmeros juristas internacionais, alguns inclusive “ ídolos” do Sr. Dallagnol, como a professora estadunidense Susan Ackermann, professora emérita Henry R. Luce de jurisprudência, Escola de direito da Universidade Yale, que assinou um dos inúmeros manifestos de juristas internacionais em que afirmam que, diante dos fatos apontados, “Lula não teve direito a julgamento imparcial”, que é indispensável que os juízes do STF sejam os garantidores do respeito à Constituição, conclui que a Justiça foi instrumentalizada para fins políticos e o Estado de Direito foi claramente desrespeitado. Veja aqui.

No dia em que atingimos a trágica marca de mais de 350 mil brasileiros e brasileiras mortos pela covid-19, no dia em que assisto uma comentarista política da GloboNews, a competente Flavia de Oliveira, se emocionar ao fazer um desabafo diante de mais uma morte, a do jornalista Aloy Jupiara, por covid-19, pela desídia e incompetência de um governo que a Lava Jato e as Organizações Globo ajudaram a eleger, me pergunto até onde vai a cara-de-pau desses senhores.

Por falar em cara-de-pau, o distinto público aqui informa a Dona Globo que não, nós não acreditamos em seu suposto comportamento antirracista por colocar jornalistas e comentaristas negros e negras em suas bancadas.

Nós não esquecemos do livro do Sr. Ali Kamel, diretor geral de jornalismo da Rede Globo, contra as cotas raciais nas universidades denominado “Não somos racistas”, de 2006.

O distinto público e principalmente os negros e negras de todo o país merecem um pedido público de desculpas por mais aquele embuste de 2006… e mais ações afirmativas para dar visibilidade e espaços de poder e decisão a negros e negras em suas empresas.

Dona Globo quer “preservar a validade jurídica do que se apurou” ( sic) por um juiz suspeito e parcial por motivos políticos, fato que hoje até as pedras sabem, que ajudou a eleger o genocida que aí está.

Dona Globo quer insistir validando aquilo “que se apurou” em que Lula e o PT seriam corruptos, sem provas e cheia de convicções, as mesmas que precisaram da assessoria de imprensa de um jornalista de seus quadros para convencer o distinto público. Dona Globo que não viu corrupção, familícias, rachadinhas, montagem de escritórios do crime bem ali no seu quintal ao ajudar a eleger o genocida q está no descomando do país…

Dona Globo, diante da morte de mais de 350 mil brasileiros e brasileiras pela desídia e incompetência daquele que ajudou a eleger com a farsa da Lava Jato, deveria pedir desculpas ao povo brasileiro. Se não consegue, que pelo menos fique calada.

Mônica Valente integra a Comissão Executiva Nacional PT

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