Coletivo elege prioridades, define agenda e conclama os movimentos do campo

No centro da luta, a resistência à reforma da previdência, a realização de eleições livres e democráticas, a defesa da vida e dos direitos das mulheres e a construção de um programa popular

CONCLAMAÇÃO A TODA MILITÂNCIA  DE TODOS OS MOVIMENTOS DE TRABALHADORES RURAIS DE TODO BRASIL

Caros companheiros e companheiras,

Nos dias 03 e 04 de fevereiro de 2018, dando continuidade ao processo de construção do CAMPO UNITARIO de todos os movimentos de trabalhadores rurais que existem no Brasil, nos reunimos na Escola Nacional Florestan Fernandes, para avaliar a conjuntura do nosso país, a partir do olhar dos povos do campo, das aguas e da floresta e definir encaminhamentos e ações conjuntas que possam fortalecer a nossa unidade e responder aos desafios impostos á classe trabalhadora.

A conjuntura revela o brutal ataque do capital nacional e internacional que se vale do poder judiciário, executivo e legislativo para, aprofundar o golpe contra a democracia, retirando direitos e conquistas do povo e criminalizando as lutas e @s lutador@s. Neste contexto, destaca-se a grande ofensiva das setores conservadores, em especial no Judiciário e na Midia,  para impedir o direito de Lula ser candidato nas próximas eleições gerais.

Neste cenário os golpistas querem se apropiar da terra, agua, alimentos, sementes, biodiversidade, petróleo e territórios ferindo a nossa soberania nacional, aumentando os desafios e exigindo o fortalecimento das nossas lutas e ampliação da unidade da classe trabalhadora para atuar no sentido de enfrentar, confrontar e não se isolar.

Diante destas analises e dado o grau de enfrentamento que as mesmas apontam, as organizações que compõem o campo unitario dos trabalhadores rurais, definiram e se comprometeram com os seguintes encaminhamentos, desafios e agendas de lutas para 2018:

  • COMPROMISSOS COLETIVOS COM A FRENTE BRASIL POPULAR

Nos somamos com a avaliação politica realizada em recente plenária nacional da FBP, da qual participamos, que coloca como centro de nossos esforços nesse quadrante da luta de classes,:

  • A luta contra a reforma da previdência- Nenhum direito a menos.
  • A Luta por eleições livres e democráticas, – como direito de Lula ser candidato.
  • A luta em defesa da vida e dos direitos das mulheres.
  • Avançar no debate e construção de um programa popular, unitário para o Brasil.

 

  • Compromissos a curto Prazo
  1. Participar ativamente de todas as formas possíveis, priorizando nossas atividades na jornada nacional de lutas, definida pelas centrais sindicais e pela FBP, na semana de 19 a 23 de fevereiro, próximo.
  2. Pensar numa ação unitária no dia 19 de fevereiro em Brasília – contra a reforma da previdência. (Haverá mobilizações simbólicas também no ABC, no Rio de janeiro).
  3. Naquela semana realizar manifestações em todos os municípios (câmara de vereadores, fóruns, bancos, emissoras, e residências dos parlamentares que promovem a reforma da previdência);
  4. Elaborar panfletos e materiais de comunicação unitários nos temas: terra, água, alimentos, direitos, previdência e encontrar as formas mais massivas possíveis para divulgação. Utilizando programas de radio, e nossos jornais. (como o Brasil de fato);
  5. Nos somarmos as iniciativas e brigadas da FBP, nas campanhas de pichação e panfletagem para denunciar a situação.
  6. Se houver prisão de Lula, iniciar uma greve de fome massiva em todos os municípios, em lugares simbólicos como igrejas e Fóruns da cidade.
  7. Ser mais criativo nas ações para cativar o povo, de forma didática e com simbologias que denunciem a situação atual.
  8. Difundir o abaixo assinado em defesa da eleição de Lula e da democracia, que já tem 200 mil assinaturas de personalidades. Agora precisamos popularizar.
  9. Planejar uma ação massiva contundente no Nordeste em defesa de Lula
  10. Articular manifestações nos aeroportos das capitais para pressionar os deputados que viajam a Brasília, nos dias 18 e 19 de fevereiro.
  11. Planejar uma jornada de luta unitária de todos os movimentos de trabalhadores do campo, para o final de abril/18, com a pauta do campo.
  • NOSSA PARTICIPAÇÃO NO 08 de Março

1.Garantir a mobilização das mulheres do campo,  no maior número possível de municípios.   E contribuir com as mobilizações unitárias programadas para as capitais e grandes cidades.

2.Unificar a palavra de ordem “Mulheres contra o capital: em defesa da democracia e da soberania nacional”.

IV- Semana do 17 de março – luta pela água

1.Construir grandes ações de massa regionais, em defesa ao direito à agua e denuncia das empresas:

a)Marcha em MG – Mariana a Belo Horizonte

b)Vale – Rio de Janeiro

c)Vale – Paraubebas

  1. d) Correntina – BA
  2. O MAB vai realizar a jornada de luta dos atingidos por barragens.

V-FAMA – Fórum Alternativo Mundial das Águas

1.Concentração massiva em Brasília, durante a realização do FAMA (17 a 22 de março). Realizar um Juri popular para julgar as empresas que se apropriam das águas

2.Dialogar com a bancada de esquerda no congresso para ver diversas ações a realizar- se no parlamento, sobretudo no Senado, como audiências públicas,etc.

VI- ATIVIDADES DO MÊS DE ABRIL

  1. Participar do seminário nacional de preparação das semanas sociais da CNBB. Dias 4 e 5 de abril em Brasilia.
  2. Participar da construção dos encontros regionais do ENA – Encontro Nacional de Agroecologia
  3. Participar e apoiar o acampamento “Terra Livre” dos povos indígenas em brasilia, dias 23 a 26 de abril.
  4. Debater nas nossas instancias desde logo, para construir uma Jornada unitária dos de todos trabalhadores rurais –a nível nacional, na ultima semana de abril.

VII- Atividades a realizar- se no Mês de maio

  1. Participar das mobilizações do dia primeiro de maio, dia do trabalhador.
  2. Fórum Nacional das Cidades de 22 a 24 – SP
  3. Organizar uma mobilização massiva contra o judiciário que vai reunir toda sua cúpula, com empresários e rede globo, em Maceió- dia 25 de maio.
  4. Ajudar a articular com nossos operadores do direito para que participem do seminário internacional da assoiaçao dos juristas pela democracia.(25 a 27 de maio).
  5. Participação no Encontro nacional de agroecologia-ENA, de 30 de maio a 1º de junho em BH no parque da cidade

VIII-  Atividades a realizarem-se no Médio Prazo

  1. Ficar atento as pautas de julgamento no STF, que atacaa os direitos dos trabalhadores, que devem ser julgadas nos próximos meses.
  2. Realizar Audiência pública na Câmara dos deputados, para discutir a questão da CNTbio. Já acordada com deputado Tato, presidente da comissão.
  3. Organizar um Seminário Nacional para discutir os desmandos do Judiciário – 2ª Semana de junho
  4. Mobilização Nacional dos pescadores – 29 de junho
  5. Planejar o II encontro nacional unitário dos trabalhadores rurais em novembro- 2018- em Brasilia.
  6. Pautar de forma permanente a tema da segurança e da violência no campo, contra os trabalhadores.

IX- Atividades  relacionadas com o processo do Congresso do Povo organizado pela FBP:

1.Envolver os formadores dos Movimentos do campo nos estados para que contribuam nessa em preparação ao Congresso, que terá como calendário: primeira quinzena de março, seminários estaduais de preparação; segunda quinzena de março planejamento das atividades nos  municípios.  Maio realização dos congressos do povo, no maior numero possível de municípios do interior.  Junho realização dos congressos estaduais, e final de julho o congresso do povo nacional, a realizar-se noMaracanã, Rio de janeiro.

2.Garantir a realização do congresso do povo no maior número de municípios possíveis.

3.Nos  debates dos  Congresso do Povo inserir os temas da água, terra, alimentos e reforma agrária.

X- RECOMENDAÇÕES DE NOSSA ORGANICIDADE

  1. Construir e garantir a unidade de todos os movimentos de trabalhadores rurais repetindo esse processo nacional, em todos estados e no maior numero possível de municípios.
  2. Que a plenária nacional seja representativa dos dirigentes de todas as organizações e também trazer representantes dos estados e devemos nos manter articulados e garantir reuniões a cada dois ou máximo tres meses a nível nacional.
  3. Próxima reunião dia 03 de abril, das 9-17 hs, em Brasilia, possivelmente na CONTAG.

O coletivo da plenária nacional de todos os movimentos do campo, esperamos que essa circular seja difundida e debatida entre toda militância que atua no campo, de forma urgente, para que possamos dar encaminhamentos a todos os acordos realizados.

Saudações fraternais,

Firmes na Luta, com nosso povo!

SÃO PAULO, 4 de fevereiro de 2018.

PT Cast