Comitês Populares: a força do povo unindo o Brasil

Conheça a história de alguns dos milhares de Comitês Populares que estão em atividade por todo o Brasil

Divulgação

Os Comitês Populares vêm se multiplicando pelo Brasil afora e também no exterior, já ultrapassamos o número de 3 mil Comitês, sem contar os que já estão em atividade mas ainda não foram cadastrados. A partir das experiências relatadas no Nova Primavera, vamos contar um pouco das histórias desses Comitês. Na matéria de hoje selecionamos 5 Comitês de diferentes regiões do Brasil e com temáticas variadas.

O Comitê Nacional Cegos por Lula Presidente (CNCLP) nasceu a partir do Comitê Cegos por Lula Livre, criado em 2019 para se somar à luta pela libertação do ex-presidente Lula. O Comitê participou, inclusive, da vigília Lula Livre, no acampamento em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba. O CNCLP é formado por pessoas de diversas regiões do país, cegas, com baixa visão e também pessoas sem deficiência. O seu principal objetivo é a inclusão e a participação ativa dos cidadãos com deficiência nas decisões de governo e formulação de políticas consistentes de retomada da cidadania.

“A palavra Cegos aqui aparece num sentido maior. Ela é mesmo a força e a paixão deflagradora da nossa luta, do nosso esforço por recuperar as bases do crescimento, da visibilidade e da dignidade que vínhamos alcançando durante os governos do PT, as quais vêm sendo sistemática e vertiginosamente solapadas nesse governo de extrema direita que não nos reconhece como agentes de uma política inclusiva, tampouco faz prevalecer os nossos direitos já conquistados”, diz o documento de apresentação do Comitê.

Comitê Nacional Cegos por Lula Presidente (CNCLP) em encontro com o ex-presidente Lula

A luta também é rock and roll

O Comitê Itinerante do Rock, lançado em Nova Veneza (SC), pretende rodar toda a região sul de Santa Catarina, formada por  48 municípios. O objetivo deste Comitê é mobilizar e resistir através do rock. A ideia nasceu durante as reuniões do Partido, nas quais havia muitos filiados que tocavam em bandas de rock ou simplesmente apreciavam o gênero.

“Precisamos também fazer a luta através de movimentos artísticos e culturais, pois todos nós nos identificamos com algum. Fazer política através desses movimentos é uma ótima maneira de reoxigenar a luta”, disse Daniel Loch Gomes, um dos organizadores do Comitê.

Inicialmente o Comitê teria um endereço fixo, mas logo os organizadores perceberam que para alcançar as pessoas, o ideal era ter um Comitê Itinerante. “Depois da primeira edição, vimos que precisávamos rodar a região, para que pessoas mais distantes fizessem parte e pudessem prestigiar.  Estamos organizando uma atividade por mês em cada micro região”, contou Daniel.

Primeira atividade do Comitê Itinerante do Rock em Nova Veneza (SC)

Sozinha eu ando bem, mas com você ando melhor

A violência contra a mulher aumentou durante o governo Bolsonaro em comparação aos governos anteriores de Lula e Dilma. Segundo levantamento do Datafolha, em 2021, uma em cada quatro mulheres com mais de 16 anos sofreu algum tipo de violência doméstica no país.

Ciente da enorme luta que as mulheres têm pela frente, a ativista Naiane Ferreira formou em Salvador (BA), o Comitê Popular Mulheres Livres. O Comitê já realizou diversas ações de solidariedade como arrecadação e distribuição de alimentos à população carente. Além de promover constantemente diálogos com as pessoas sobre o cenário político e o papel da mulher na sociedade.

Naiane conta que foi a partir de sua própria experiência de mãe solo que resolveu abrir o Comitê Mulheres Livres para servir de apoio às mulheres e elas se sentirem mais fortalecidas.

“A ideia de formar o Comitê Mulheres Livres veio por tudo aquilo que nós vivemos nas favelas, nas periferias. Mulheres negras em sua maioria, mães solos que estão sem emprego e precisam de uma ajuda, de uma escuta, de um ombro de uma amiga.”

Naiane ainda planeja oferecer cursos de cabeleireira, manicure e culinária para fornecer ferramentas e formação para essas mulheres entrarem no mercado de trabalho.

Comitê Popular das Mulheres Livres em Salvador (BA)

A reconstrução do Brasil passa pelo direito à moradia 

O Comitê Popular por Moradia de Formosa (GO), coordenado pelo professor e jornalista João Rodrigues, já realizou inúmeras atividades até o momento. Ações como emissão de títulos dos jovens, transferência de domicílio eleitoral, regularização de títulos, campanha de arrecadação de agasalhos, calçados e alimentos são alguns dos exemplos das atividades desenvolvidas pelo Comitê.

Para João Rodrigues, reconstruir e transformar o Brasil não será uma tarefa fácil, mas com muito trabalho essa reconstrução será possível. E é por isso que ele está nas ruas de Formosa, praticamente todos os dias, para dialogar com a população sobre a luta pela casa própria.

Clique aqui para ver mais ações do Comitê Popular por Moradia de Formosa.

Só ando em boa companhia 

É também em Goiás, no município de Catalão, que a militante Ismene Fernandes da Silva resolveu sozinha abrir seu Comitê de Luta. Ismene vai toda semana à feira da cidade e monta a sua barraca de luta e resistência. Mas ela nunca está sozinha: as pessoas sempre chegam para conversar e tomar um cafezinho.

Eu dialogo com as pessoas na feira, monto uma mesa com bandeiras e adesivos. Ofereço bolo, café e chá para quem quiser”, relata Ismene.

A ativista Ismene Fernandes da Silva durante atividade na feira de Catalão (GO)

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Da Redação/Comitê Popular de Luta

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