Bolsonaro volta a defender o assassino e torturador Ustra

Para o candidato do PSL, Carlos Alberto Brilhante Ustra, que matou 60 e torturou outras 500 pessoas, “prestou um grande serviço ao Brasil”

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Jair Bolsonaro volta a defender o torturador Brilhante Ustra

Jair Bolsonaro tenta disfarçar seu apoio à tortura sempre que é questionado pela imprensa. Se diz contrário, mas a falácia não dura muito tempo. Na madrugada desta terça-feira (23), o candidato do PSL voltou a defender o coronel Carlos Aberto Brilhante Ustra, condenado pela Justiça por tortura e assassinato.

Segundo Bolsonaro, Ustra “prestou um grande serviço ao Brasil, ninguém pode negar isso”. Ao comentar as ações do coronel durante a ditadura miliar, na qual ele matou 60 inocentes e torturou pelo menos outras 500 vítima, o candidato do PSL tem dificuldade de explicar.

“Ele faz parte de um momento da história do Brasil. Ele interrogava pessoas e buscava então, era, era, era desmobilizar os grupos terroristas que existiam no Brasil, e eram muitos”, gaguejou Bolsonaro.

Para o candidato, Ustra, que colocava ratos e baratas nas vaginas de mulheres torturadas nas dependências do DOI-Codi, é “um herói brasileiro”. Frenquentemente, Bolsonaro incita a violência durante sua campanha nas Eleições 2018, o que não é novidade.

Ao longo de sua carreira de parlamentar, Bolsonaro disse que o grande erro da ditadura “foi torturar e não matar” e que os militares deveriam ter “fuzilado uns 30 mil naquela época”.

Torturador e assassino condenado

Ustra nasceu em Santa Maria, em 1932. O militar teve uma ascensão rápida no Exército e chegou a chefe do centro de investigações conhecido como Operação Bandeirante (Oban), criada em São Paulo em 1969. Entre os militares, ficou conhecido por “inovar” nas técnicas de tortura aplicadas contra aqueles que lutavam contra a ditadura.

As tais ‘inovações’ de Brilhante Ustra consistia em espancamentos, choques, afogamentos e a colocação de ratos e baratas nas vaginas das mulheres. O coronel também não tinha piedade nem mesmo de grávidas, além de levar os filhos das torturadas para assistirem as agressões.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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