Brasil assume a presidência do G20; veja mensagem de Lula

Segundo o presidente, seu governo vai encampar um movimento internacional de combate à fome, à desigualdade e à crise climática, além de propor uma nova governança global 

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Lula: proposta de um mundo mais justo e sustentável

Começa, nesta sexta-feira (1º), a presidência do Brasil no G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Africana e União Europeia. A gestão do país vai até 30 de novembro de 2024. 

Nesse período, caberá ao governo Lula pautar uma agenda internacional para o bloco e organizar a próxima cúpula, que ocorrerá no Rio de Janeiro, no fim do ano que vem.

Como já havia sido anunciado, o governo Lula pretende usar a presidência para pautar três temas prioritários: 

– o combate à fome, à pobreza e à desigualdade,
– o enfrentamento à crise climática,
– e a necessidade urgente de se criar uma nova governança global. 

Em mensagem postada nas redes sociais, Lula reafirmou esses compromissos e relembrou qual é o lema adotado pelo Brasil para esse período de presidência do grupo: A construção de um mundo justo e um planeta sustentável (assista abaixo). 

“Não é possível que tanto dinheiro continue na mão de tão poucas pessoas”, observou, ao falar do combate à fome e à pobreza. E, com relação ao enfrentamento da crise climática, o presidente disse: “Esse enfrentamento não terá sucesso sem compensação financeira desses países (mais ricos), que, ao longo da história, devastaram o meio ambiente em nome do progresso a qualquer custo”. 

“O nosso terceiro compromisso”, anunciou, por fim, “é engajar o G20 na luta do Brasil por uma nova governança global. Não é possível que as organizações financeiras criadas há quase 80 anos continuem funcionando com os mesmos paradigmas, sem levar em conta as alterações estruturais do século 21”.

Busca por resultados concretos

Em sua mais recente participação em um encontro do G20, a Cúpula Virtual, no último dia 22, o presidente afirmou que vai buscar “resultados concretos”, que beneficiem principalmente as populações mais pobres do planeta. 

“O G20 ajudará a alavancar iniciativas multilaterais em curso. Precisamos recuperar a tripla dimensão do desenvolvimento sustentável e acelerar o ritmo de implementação da Agenda 2030”, antecipou.

No dia seguinte, durante a reunião de instalação da Comissão Nacional do G20, coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores em conjunto com o Ministério da Fazenda e o Banco Central (BC), Lula disse que “não é mais humanamente explicável, em um mundo tão rico, com tanto dinheiro, a gente ter tanta gente ainda passando fome”.

Da Redação

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