Brasil entra em novo ciclo de desenvolvimento, diz Dilma

Em entrevista ao grupo RBS, a presidenta disse que o País reage à crise internacional com investimentos para ampliar a produtividade

A presidenta Dilma Rousseff avaliou que, embora também tenha sido atingido pela crise financeira internacional, o Brasil resiste e está construindo um novo ciclo de desenvolvimento. “Estamos numa política reativa à crise. Qual o objetivo do Brasil? Não deixar repetir o enredo que acontece lá fora”, disse Dilma em entrevista hoje, no Palácio da Alvorada, aos veículos do grupo RBS, que reúne jornais e emissoras dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Ninguém pode dizer que o Brasil não é estável macroeconomicamente. Temos US$ 380 bilhões de reservas, taxa de câmbio flutuante e inflação dentro da meta há muito tempo”, afirmou a presidenta. Ela destacou também a redução da desigualdade social: “Tiramos da miséria 36 milhões de pessoas”, disse. “Elevamos 42 milhões para classe média, criando um excepcional mercado interno”, completou.

Para aumentar a produtividade, garantir estabilidade e ampliar o desenvolvimento social do país, segundo Dilma, o Brasil investe na infraestrutura dos portos, rodovias e hidrovias.

Ela também lembrou mudanças institucionais que colaboram para aquecer a economia, como a sanção da Lei do Supersimples, na semana passada, que a presidenta classifica como um passo inicial de uma grande reforma tributária.

 

Obras no Sul – Perguntada sobre as rodovias dos estados da Região Sul, onde atua a RBS, Dilma elencou obras inauguradas como, por exemplo, a BR-448, que liga o município de Sapucaia do Sul a Porto Alegre. A estrada desafogou em até 40% o trânsito na BR-116, uma das mais movimentadas do País: “Diziam que não ia sair do papel, e entregamos a 448”, disse a presidenta.

 

Educação – Dilma salientou a importância da aprovação de destinação dos recursos dos royalties do pré-sal para a educação, que irá aprofundar conquistas obtidas pelos investimentos feitos na rede de ensino e programas sociais. “A primeira geração de crianças que não passou fome por conta do Bolsa Família é essa geração que tem 10 anos, que teve acesso a educação”, lembrou.

Ela citou outros programas como a construção de creches em parcerias com prefeituras e o Pronatec, que atualmente oferece 864 tipos de cursos, sendo 220 técnicos e 644 de formação inicial e continuada, realizados em escolas técnicas federais e nas unidades do Sistema S.

 

Saúde – A presidenta destacou o programa Mais Médicos, que levou atendimento para mais de 50 milhões de brasileiros. Sua meta, no próximo governo, é fazer a população ter acesso aos especialistas e laboratórios. Dilma também destacou a Farmácia Popular, que beneficia 33 milhões de brasileiros hipertensos e 7,5 milhões de diabéticos com medicação gratuita.

 

Petrobras – Mais uma vez questionada sobre a Petrobrás, Dilma voltou a defender a estatal e a presidenta Graça Fosteer: “Acho gravíssimo politizarem uma discussão desse tipo. E não acho muito responsável”, ponderou. “Espero que não se faça política nesse assunto. Mas espero mesmo. A Petrobras é a maior empresa desse país. A Maria das Graças Foster tem méritos inequívocos e não há dúvida disso”, concluiu.

 

Por Aline Baeza, da Agência PT de Notícias

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