Brasil tem superávit de R$ 1,4 bi em março

Resultado sinaliza que medidas do ajuste econômico do governo surtiram efeito no terceiro mês de 2015

O mês de março registrou melhorias não apenas em atividades empresariais que vinham em queda, como também na administração pública federal. Segundo balanço divulgado nessa quarta-feira (28), pela Secretaria do Tesouro Nacional, órgão do Ministério da Fazenda, as contas do País registram superávit primário de R$ 1,4 bilhão, depois de fechar fevereiro com déficit de R$ 7,4 bilhões.

O resultado demonstra que a diferença entre o que o governo gastou e a arrecadação voltou a ficar positiva. O número sinaliza sucesso do esforço fiscal do governo em aumentar a poupança interna nacional, indicando que poderá honrar seus compromissos.

O superávit primário assegura o pagamento dos juros da dívida e traz conforto ao cenário macroeconômico, por revelar a capacidade das políticas públicas de ajuste, adotadas pelo governo, em restabelecer ambiente mais propício ao investimento.

Na avaliação oficial, o bom resultado do mês foi puxado pelas contas específicas do Tesouro, superavitárias em R$ 8 bilhões, enquanto previdência social e Banco Central registraram déficit de R$ 6,5 bilhões e R$ 42,9 milhões, respectivamente.

Considerado o primeiro trimestre do ano, o superávit é de quase R$ 4,5 bilhões ou apenas 34,2% do resultado de igual período de 2014, quando o saldo positivo foi de R$ 13,1 bilhões. Em relação a março do ano anterior, o resultado representa apenas 54,3% do superávit de R$ 3,2 bilhões.

De acordo com o Tesouro, as receitas do governo federal cresceram em R$ 5,6 bilhões no mês, ou 6,1% a mais que o resultado de fevereiro, com R$ 97,4 bilhões. Mas as transferências da União para estados e municípios tiveram redução de R$ 6,9 bilhões, menos 31,8%, decorrentes do encolhimento nas transferências constitucionais em R$ 4,4 bilhões, queda de 26,6%.

Isso aconteceu também por influência da menor transferência de royalties do petróleo para estados e municípios. Foram R$ 1,8 bilhão a menos, com queda de 66,4%, devido à menor arrecadação no setor, provocada pela retração da atividade econômica no país. As despesas do governo mantiveram-se em alta, de 4,7% – R$ 3,6 bilhões a mais de fevereiro para março.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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