Campanha vai focar no confronto dos projetos para a economia, diz Falcão

As diferenças das propostas em relação ao mercado financeiro e à Petrobras vão pautar a campanha por serem centrais na condução da economia

Após reunião com lideranças e coordenadores estaduais, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que o debate da campanha se dará no confronto dos projetos da presidenta Dilma Rousseff com os da oposição. Prevendo a possibilidade de segundo turno contra a candidata do PSB, Marina Silva, o partido decidiu que vai levar para as redes e televisão os contrastes das propostas sobre pontos considerados cruciais, como autonomia do Banco Central e dar papel secundário aos bancos públicos, como Caixa Econômica, BNDES e Banco do Brasil.  “É preciso discutir com a população de que isso é um risco”, diz Falcão.

“A orientação é que façamos contraste dos governos. A nova politica é a Dilma, por tudo que tem feito, diferente de um plano que consideramos regressivo, ortodoxo e conservador”, diz Falcão, em referência ao programa de governo divulgado por Marina. Ainda sobre os bancos, ele avalia que o programa da oposição visa enfraquecer a Caixa Econômica e o Banco do Brasil, podendo abrir campo para privatização dessas instituições.

Na resolução entregue pelo partido após a reunião, o grupo se manifesta veemente contrário às propostas de Marina no âmbito financeiro. “São os mesmo que pretendem liquidar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES; que propõem subtrair a condução da política econômica para entregá-la a um banqueiro de confiança dos rentistas e especuladores”, diz o documento.

Com relação à Petrobras, o partido alerta também para os indicativos de abertura para as multinacionais do petróleo, colocando em xeque o modelo de partilha em vigor para subsituí-lo pelo regime de concessões. “O projeto que destina às concessões fortalece as petroleiras estrangeiras e enfraquece a Petrobras. O passo seguinte é vendê-la. Estamos falando de um projeto antipopular, antinacional e regressivo no sentido da reforma politica”, avalia Falcão. O partido teme que o pré-sal, não sendo tratado como prioridade comprometa projetos da educação.

Por fim, o grupo ainda contesta o andamento das relações internacionais. Segundo Falcão, a proposta de Marina enfraqueceria os blocos como Mercosul e Brics.  “Campanhas bilaterais significa enfraquecer as relações internacionais, retomar a velha proposta da Alca que foi repelida pelo país”.

Campanha –  A coordenação da campanha vai designar os 27 dirigentes para fazer um acompanhamento mais minucioso e para que eles possam interagir com os coordenadores nacionais e regionais, reportando o cenário de cada estado. Houve também sugestões sobre a atuação nas redes e programa de televisão, com participação da militância.

“Temos 11 minutos no programa de tevê, os militantes querem fazer sugestões para serem apreciadas pela coordenação. A campanha ganha corpo e mais atenção. Agora é escalar a militância por todo país, que é o que faz a diferença”, diz Falcão.

 

Por Camila Denes, da Agência PT de Notícias

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