Na CNI, Aécio e Campos são evasivos e não apresentam propostas

Ambos defenderam reforma trabalhista e redução dos investimentos do Estado

Os candidatos à Presidência Eduardo Campos (PSDB) e Aécio Neves (PSDB)  foram evasivos durante os debates patrocinados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na manhã desta quarta-feira (30). Eles evitaram polêmicas e concordaram com as posições dos empresários debatedores sem apresentar propostas concretas.

Nos discursos ensaiados, ambos falaram em “estagnação”, desindustrialização e “falência”.  Esqueceram-se que dados da anfitriã CNI mostram crescimento de 3,8% no faturamento do setor  em 2013.

Campos lamentou o crescimento dos salários dos trabalhadores. Segundo ele,  as remunerações cresceram mais do que os ganhos do capital. Também afirmou, ao responder a Alexandre Furlan, vice-presidente da CNI, que considera as leis trabalhistas um empecilho.

O candidato do PSB reclamou que não exista uma só lei para todos os trabalhadores. “Nós precisamos de regras em aspectos que são regulamentados de forma individual na indústria e no setor de serviços”, disse.

Aécio, por sua vez, tentou explicar o que seriam as medidas impopulares que prometera em outra ocasião. Seu discurso restringiu-se às críticas ao governo sem, no entanto, apontar novas soluções.

Em infraestrutura, os candidatos também não surpreenderam. Ambos fizeram ponderações que estão mais próximas do Programa de Aceleração do Crescimento, dos governos Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. “É preciso ter gestão, capacidade de acompanhar obras até o fim, monitorar e entregar projetos”, receitou Campos, que também defendeu outras políticas públicas em andamento, como as escolas em tempo integral.

 

Da Redação da Agência PT de Notícias

 

 

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