Candidatos do PT são alvos de atentado em Caraguatatuba

Petistas que disputam cargos de prefeito e vice, além de uma candidata a vereadora e do presidente do Diretório Municipal, Luan Moreno, foram alvos de tiros. Eles registraram boletim de ocorrência na Polícia Civil e pediram uma investigação do caso. Gleisi vê com preocupação a escalada do fascismo: “No Brasil de Bolsonaro, o recurso à violência física contra a oposição está virando lugar comum. Mas isso não pode ser tolerado”

Divulgação/PT

Candidatos do PT no município de Caraguatatuba (SP) registraram ataque com tiros na Delegacia de Polícia.

A serpente do fascismo continua promovendo ataques físicos e violentos contra o PT e seus líderes. A última onda ocorreu na sexta-feira, 16 de outubro, em Caraguatatuba, em São Paulo. A direção municipal do PT registrou neste sábado um boletim de ocorrência na delegacia da Polícia Civil e pediu abertura de investigação. A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), manifestou preocupação. “No Brasil de [Jair] Bolsonaro, o recurso à violência física contra a oposição está virando lugar comum. Mas isso não pode ser tolerado”, reagiu Gleisi.

“É um jogo perigoso. As divergências políticas não podem se tornar oportunidade para a violência física e a tentativa de eliminação do adversário”, disse. O PT estuda medidas jurídicas a serem adotadas pela legenda junto à Justiça Eleitoral e Federal. Gleisi denunciou a escalada autoritária que segue onda perigosa contra a fraca democracia brasileira, fragilizada desde o Golpe de 2016. “Isso está se repetindo de maneira perigosa”, disse, citando outros episódios ocorridos este ano em São Paulo e Goiás, quando a presidenta do PT em Nuporanga foi foi vítima de ataques e a sede do PT em Goiânia foi alvo de atentado.

Em Caraguatatuba, o episódio de violência ocorreu contra dirigentes da legenda. Segundo o presidente do PT no município, Luan Moreno, o atentado ocorreu na noite de sexta, na região sul da cidade, próximo ao Jardim Britânia, logo após os correligionários deixarem um trailer de lanches. “A gente encerrou a campanha e paramos para comer um lanche, quando deixávamos o local, um carro parou e o seu ocupante passou a deferir ofensas contra o grupo, atacando o partido com palavras de baixo calão e muito ódio. Evitamos entrar na discussão e continuamos caminhando em direção aos carros. Em seguida, ouvimos vários disparos de arma de fogo, pelo menos quatro tiros”, relatou.

Segundo Moreno, uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local, parou ver o que se tratava. Após relatos dos integrantes do partido, a PM chegou a tentar localizar o veículo, um Punto, da Fiat, de cor preta, mas sem sucesso. No local, foram localizadas três cápsulas de uma arma ainda não identificada. O partido quer que a Polícia Civil cheque as câmeras de monitoramento para identificar o autor dos disparos.

O boletim de ocorrência registra que o candidato a prefeito José Mello, a candidata a vice Maira Martins e seu companheiro Ricardo, a candidata à vereadora Cássia Gonçalves e o próprio Moreno foram atacados. “Em nosso entendimento, trata se de um crime eleitoral, e, portanto exigiremos das autoridades policiais e da Justiça uma resposta à altura para que essa atitude covarde e outras deste tipo não mais aconteçam com qualquer um dos candidatos e candidatas de todos os partidos”, declarou Moreno.

Ele contou ainda que reconheceu o agressor, que já teria o costume de fazer comentários violentos em seu perfil. “Não podemos ter medo de sair às ruas no processo eleitoral simplesmente por defender as bandeiras da classe trabalhadora”, afirmou o candidato José Mello.

Da Redação

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