Caravana Lula Livre é recebida por milhares de pessoas em Florianópolis

Fernando Haddad, Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta foram recepcionados aos gritos de Lula Livre na capital catarinense

Ricardo Stuckert

Caravana Lula Livre com Fernando Haddad em Florianópolis

Após dois contundentes atos em Porto Alegre na sexta (5), a Caravana Lula Livre com Fernando Haddad foi recepcionada por mais de 2 mil pessoas em Florianópolis na manhã deste sábado (6).

Sob gritos de Lula Livre, a multidão enfrentou a chuva que se insinuava na capital catarinense para mandar um recado claro também ao despreparado presidente Jair Bolsonaro (PSL) – a luta para barrar a desastrosa reforma da Previdência tem sido eleita a pauta mais urgente da militância.

O apelo do povo reverberou nas falas das lideranças presentes no ato.

Ovacionado por todos, o candidato a presidente pelo PT nas últimas eleições fez discurso firme em defesa de Lula e as razões que o levaram ao cárcere político em 7 de abril de 2018.

“Eles disseram: ‘se Lula estiver solto, nós nunca ganharemos uma eleição neste país’. E estavam certos. Não conseguiriam debater com Lula”, declarou.

Haddad, que também é advogado, tem repetido com veemência o que juristas do mundo todo já sabem: Lula é um preso político e a luta por sua liberdade é também a luta por um Brasil com justiça imparcial e instâncias democráticas consolidadas. “Nós temos o maior líder do país preso, sem provas. E um sujeito que, anteontem, declarou que não nasceu para ser presidente, nasceu para ser militar. O curioso é que Bolsonaro já provou que não também servia para ser militar”, ilustrou Haddad – para quem não se lembra, Bolsonaro foi “convidado a se aposentar” por não respeitar os preceitos militares.

Otimismo e agenda de lutas

Antes de Haddad, quem também mostrou a disposição de sempre na defesa de Lula e no enfrentamento aos retrocessos impostos por Jair foi a presidenta Nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann.

“A defesa de Lula não é só a defesa de um homem inocente. A defesa do Lula tem a ver com a defesa da soberania do Brasil, com a nossa dignidade política e com a dignidade do nosso povo”, enfatizou.

Em seguida, Gleisi virou-se para Haddad e projetou um Brasil diferente caso o então candidato do PT tivesse chegado ao Palácio do Planalto – a vitória do concorrente, não custa repetir, teve contribuição decisiva da campanha difamatória contra a esquerda por meio de grande parte da imprensa e, sobretudo, pela ainda não esclarecida indústria de fake news construída pelo adversário: “Haddad, olhando o que Bolsonaro está fazendo, a gente fica com uma pena maior de não ter eleito você. Mas tenho certeza que, com sua força, logo nós vamos reverter essa situação”.

Caravana Lula Livre em Florianópolis

Lula fala pela voz do povo

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta, lembrou da histórica declaração de Lula quando percebeu que o judiciário e a elite fariam de tudo (até mesmo atropelar a Constituição) para tirá-lo de cena e implantar um governo que negligencia os interesses do povo.

“Há um ano, cada vez que falávamos com Lula, ele repetia a mesma coisa: Se algo acontecer comigo, é através da voz de vocês que eu vou continuar conversando com o povo brasileiro. Presidente, estamos fazendo o que o senhor nos pediu”, enfatizou, para reação imediata dos presentes no ato.

Curitiba entre a injustiça e a esperança

A Caravana Lula Livre com Haddad segue agora para Curitiba, onde acontece seu ato de encerramento no dia em que a prisão política do ex-presidente completa um ano.

O ato está marcado para as 10h e terá a presença de caravanas vindas de todo o país – muitas delas já presentes na capital paranaense.

A programação se estenderá até o final da tarde, com uma série de atividades artísticas e religiosas.

Jornada Lula Livre

Entre os dias 7 e 10 de abril todas as atenções estarão voltadas para a Jornada Lula Livre, iniciativa que pretender reforçar o posicionamento contrário diante da atual conjuntura política brasileira e ampliar a unidade em torno das lutas em defesa do maior líder popular da história do Brasil.

Com eventos programados em praticamente todos os estados brasileiros e também em diversos outros países, a Jornada Lula Livre terá seu grande ato nacional realizado no dia 7, dia em que a prisão política completa um ano.

A iniciativa é parte da reorganização das estratégias de mobilização dos comitês populares espalhados por todas as regiões da nação e reativa e campanha Lula Livre lançada ano passado. A jornada também se readequará aos lamentáveis desdobramentos políticos que aconteceram no país a partir da eleição de Jair Bolsonaro, como a reforma de Previdência.

Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias, direto de Florianópolis

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