Caravana Lula Livre é recebida por milhares de pessoas em Florianópolis
Fernando Haddad, Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta foram recepcionados aos gritos de Lula Livre na capital catarinense
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Após dois contundentes atos em Porto Alegre na sexta (5), a Caravana Lula Livre com Fernando Haddad foi recepcionada por mais de 2 mil pessoas em Florianópolis na manhã deste sábado (6).
Sob gritos de Lula Livre, a multidão enfrentou a chuva que se insinuava na capital catarinense para mandar um recado claro também ao despreparado presidente Jair Bolsonaro (PSL) – a luta para barrar a desastrosa reforma da Previdência tem sido eleita a pauta mais urgente da militância.
O apelo do povo reverberou nas falas das lideranças presentes no ato.
Ovacionado por todos, o candidato a presidente pelo PT nas últimas eleições fez discurso firme em defesa de Lula e as razões que o levaram ao cárcere político em 7 de abril de 2018.
“Eles disseram: ‘se Lula estiver solto, nós nunca ganharemos uma eleição neste país’. E estavam certos. Não conseguiriam debater com Lula”, declarou.
Haddad, que também é advogado, tem repetido com veemência o que juristas do mundo todo já sabem: Lula é um preso político e a luta por sua liberdade é também a luta por um Brasil com justiça imparcial e instâncias democráticas consolidadas. “Nós temos o maior líder do país preso, sem provas. E um sujeito que, anteontem, declarou que não nasceu para ser presidente, nasceu para ser militar. O curioso é que Bolsonaro já provou que não também servia para ser militar”, ilustrou Haddad – para quem não se lembra, Bolsonaro foi “convidado a se aposentar” por não respeitar os preceitos militares.
Otimismo e agenda de lutas
Antes de Haddad, quem também mostrou a disposição de sempre na defesa de Lula e no enfrentamento aos retrocessos impostos por Jair foi a presidenta Nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann.
“A defesa de Lula não é só a defesa de um homem inocente. A defesa do Lula tem a ver com a defesa da soberania do Brasil, com a nossa dignidade política e com a dignidade do nosso povo”, enfatizou.
Em seguida, Gleisi virou-se para Haddad e projetou um Brasil diferente caso o então candidato do PT tivesse chegado ao Palácio do Planalto – a vitória do concorrente, não custa repetir, teve contribuição decisiva da campanha difamatória contra a esquerda por meio de grande parte da imprensa e, sobretudo, pela ainda não esclarecida indústria de fake news construída pelo adversário: “Haddad, olhando o que Bolsonaro está fazendo, a gente fica com uma pena maior de não ter eleito você. Mas tenho certeza que, com sua força, logo nós vamos reverter essa situação”.
Lula fala pela voz do povo
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta, lembrou da histórica declaração de Lula quando percebeu que o judiciário e a elite fariam de tudo (até mesmo atropelar a Constituição) para tirá-lo de cena e implantar um governo que negligencia os interesses do povo.
“Há um ano, cada vez que falávamos com Lula, ele repetia a mesma coisa: Se algo acontecer comigo, é através da voz de vocês que eu vou continuar conversando com o povo brasileiro. Presidente, estamos fazendo o que o senhor nos pediu”, enfatizou, para reação imediata dos presentes no ato.
Curitiba entre a injustiça e a esperança
A Caravana Lula Livre com Haddad segue agora para Curitiba, onde acontece seu ato de encerramento no dia em que a prisão política do ex-presidente completa um ano.
O ato está marcado para as 10h e terá a presença de caravanas vindas de todo o país – muitas delas já presentes na capital paranaense.
A programação se estenderá até o final da tarde, com uma série de atividades artísticas e religiosas.
Jornada Lula Livre
Entre os dias 7 e 10 de abril todas as atenções estarão voltadas para a Jornada Lula Livre, iniciativa que pretender reforçar o posicionamento contrário diante da atual conjuntura política brasileira e ampliar a unidade em torno das lutas em defesa do maior líder popular da história do Brasil.
Com eventos programados em praticamente todos os estados brasileiros e também em diversos outros países, a Jornada Lula Livre terá seu grande ato nacional realizado no dia 7, dia em que a prisão política completa um ano.
A iniciativa é parte da reorganização das estratégias de mobilização dos comitês populares espalhados por todas as regiões da nação e reativa e campanha Lula Livre lançada ano passado. A jornada também se readequará aos lamentáveis desdobramentos políticos que aconteceram no país a partir da eleição de Jair Bolsonaro, como a reforma de Previdência.
Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias, direto de Florianópolis