CDHM pede informações à justiça sobre assassinato na Paraíba

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados manifesta solidariedade aos familiares dos dois líderes do MST assassinados

Reprodução/PT no Senado

“A ultradireita está impondo uma ‘criminalização’ dos movimentos sociais, e isso pode ter consequências trágicas para o Brasil e, principalmente, para as minorias sociais"

O deputado federal Luiz Couto (PT-PB), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), manifesta total solidariedade às famílias de José Bernardo da Silva e Rodrigo Celestino, assassinados na noite do último sábado (8), em Alhandra, Paraíba. Os dois eram lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Segundo testemunhas, homens encapuzados e fortemente armados atacaram Orlando e Rodrigo no acampamento Dom José Maria Pires, a 45 quilômetros de João Pessoa.

Nesta segunda-feira (10), Luiz Couto enviou ao secretário de Estado da Segurança e da Defesa Social da Paraíba, Cláudio Coelho Lima, ofício pedindo esclarecimentos sobre as providências adotadas para esclarecer o caso.

Também hoje, Luiz Couto enviou correspondência para Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, procurador-geral de Justiça do Estado da Paraíba, onde também solicita informações sobre as medidas tomadas pela instituição sobre o assassinato dos dois trabalhadores rurais.

Luiz Couto demonstra receio com a ocorrência deste tipo de crime no atual momento por que passa o país.

“A ultradireita está impondo uma ‘criminalização’ dos movimentos sociais, e isso pode ter consequências trágicas para o Brasil e, principalmente, para as minorias sociais. Mais do que fazer Justiça às famílias que perderam seus entes queridos ou ao MST que perdeu dois líderes, a Secretaria de Segurança precisa mostrar que na Paraíba não haverá impunidade a quem ataca os pobres e os ativistas. O Governo da Paraíba é para todos. A Justiça que se faz, também”, disse o deputado.

Desde 2017, trabalhadores rurais, crianças e idosos ocupam a região e reivindicam seus direitos. Cerca de 450 famílias vivem no local, em casas de pau a pique, onde plantam mandioca, hortaliças e outros produtos para venda e consumo próprio. A área pertence ao grupo Santa Tereza, está abandonada e cumpre todos os requisitos para desapropriação e reforma agrária.

Por PT na Câmara

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