Chopelly Santos: Dia Nacional de Visibilidade Trans

Há 15 anos atrás o então Programa Nacional de DST/Aids do ministério da Saúde se reunia em Brasília (DF) com mulheres travestis e transexuais que compunham a ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) para o lançamento da campanha Travesti Respeito, sendo esta foi a primeira vez que governo Federal realizava uma campanha voltada para a população de travestis e transexuais do Brasil o evento se realizou no dia 29 de janeiro de 2004.

A partir deste marco regulatório do movimento Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil, a data serve como um ponto de existência para Visibilidade Nacional das Pessoas Travestis e Transexuais.

Todos os anos, nos quatro cantos do Brasil se começa a  realizar uma serie de ações que visibilizem as necessidades das pessoas travestis e transexuais que ainda continuam sendo vítimas de altos índices de assassinatos por todo país- 163 em até final de 2018.

É importante entendermos que a partir deste fato é que varias políticas foram desenvolvidas no Brasil, que levariam ao muitos avanços que temos, embora ainda insuficientes, conquistados para combater o massacre das nossas (os) travestis e transexuais. Não se pode deixar de citar em destaque o maior avanço que foi resolução do supremo que garante a toda travesti, transexual e homens trans a retificar seu nome no cartório de uma forma mais facilitada.

Em 2019, quinze anos depois, o movimento Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil se encontra com uma verdadeira sombra pairada sobre suas cabeças, que traz consigo uma ameaça preocupante, que pode ferir nossas conquistas marcadas pela luta de muitas companheiras e companheiros que já partiram ao longo desses 27 anos de movimento, o que mais do que nunca nos faz convocar toda travesti e transexual a resistir neste dia 29 de janeiro por que a luta continua mais do que nunca.

Por Choppelly Santos, Coordenadora Geral da Amotrans-PE