Com 11 reajustes de preços, gasolina subiu 46% em 2021, aponta ANP

Dolarização dos combustíveis adotada por Temer e desmonte da Petrobras pelo governo Bolsonaro fazem com que preço ao consumidor beire R$ 8 o litro da gasolina

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Dolarização dos preços dos combustíveis atenta contra o bolso do povo e a soberania nacional

O desmonte da Petrobras por parte do governo de Jair Bolsonaro e a política internacional de paridade com o dólar, adotada por Michel Temer após o golpe de 2016 contra Dilma Rousseff, são os responsáveis pelo constante aumento dos preços dos combustíveis no Brasil e um dos vilões que pressionam a inflação. De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o preço da gasolina subiu cerca de 46% em 2021, o etanol, 58% e o diesel, 45%.

Com isso, o preço médio do litro na bomba de combustível passou de R$ 4,52, entre 27/12/2020 a 02/01/2021, para R$ 6,62 entre 26/12/2021 a 01/01/2022. O etanol subiu de R$ 3,2 para R$ 5,1 e o diesel oscilou de R$ 3,7 para R$ 5,34.

Em relação ao gás de cozinha, o aumento de preços no último ano foi de 36%. O botijão de gás de 13 litros passou de R$ 75,3 para 102,3, em média.

Quando comparados apenas à flutuação do preço da gasolina em dezembro do ano passado, os dados da ANP mostram que o litro variou de R$ 5,20 a R$ 7,9, mas a realidade em muitas cidades brasileiras é um pouco diferente, como no Rio Grande do Sul, no qual o preço do litro da gasolina já bateu R$ 8.

Segundo a ANP, ao longo de 2021, a Petrobras reajustou o valor da gasolina em 16 vezes, dos quais 5 foram reduções insignificantes, e o do diesel, 12 vezes (sendo 3 reduções).

Em 22, vai piorar

As perspectivas de preço para 2022 não são nada boas já que os combustíveis continuam atrelados ao dólar, com real cada vez mais desvalorizado, à variação do valor do barril internacional do petróleo e sob o comando de um governo cuja prioridade é desmontar a maior empresa brasileira, que é a Petrobrás e nos governos Lula foi utilizada como indutora de desenvolvimento nacional por conta de sua capacidade financeira. A esse cenário somam-se uma inflação que deve fechar 2021 em torno de 11%, a maior em seis anos, e Produto Interno Bruto do Brasil em queda livre.

Segundo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não existe razão para a dolarização dos combustíveis já que o Brasil foi autossuficiente até Bolsonaro fatiar e privatizar partes da Petrobras, com a venda, por exemplo, de refinarias de petróleo. Para Lula, a riqueza da Petrobras deve ser dividida com os brasileiros e não apenas com acionistas internacionais.

O custo de vida dos brasileiros sofrerá ainda impacto do aumento da energia elétrica, a ausência de política de aumento real do salário mínimo e falta de projeto de desenvolvimento para o Brasil que Bolsonaro não teve capacidade de implementar desde que chegou à Presidência e não será em 2022, ano de eleições presidenciais, que o fará.

Em artigo publicado nesta terça-feira, 4, na Folha de S. Paulo, Lula mostra que o caminho da reconstrução nacional é investir em educação e ciência e cita como exemplo de sucesso o modelo implementado pela China.

Da Redação

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